Oferta Relâmpago Democracia: apenas R$ 5,99/mês
Continua após publicidade

Medicamento reduz em 25% risco de retorno de câncer de mama mais comum

Tratamento apresentado em reunião da ASCO sugere ainda melhora na sobrevida, mas especialistas ponderam que é necessário acompanhar desfechos futuros

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jun 2023, 18h04
  • Seguir materia Seguindo materia
  • REUNIÃO: Evento da Sociedade Americana de Oncologia Clínica debate as principais inovações e tendências para a luta contra o câncer
    REUNIÃO: Evento da Sociedade Americana de Oncologia Clínica debate as principais inovações e tendências para a luta contra o câncer (Paula Felix/VEJA)

    CHICAGO* – Um medicamento utilizado em casos de câncer de mama com metástase demonstrou capacidade de reduzir em 25,2% as chances de retorno da doença na população diagnosticada em fase inicial e com o subtipo mais comum do tumor. O achado foi divulgado na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla em inglês), realizada em Chicago, nos Estados Unidos. Mesmo sendo um ensaio de fase 3 e com resultados promissores, especialistas ponderam que desfechos futuros precisam ser acompanhados antes da incorporação da abordagem.

    O fármaco ribociclibe (com o nome comercial Kisqali), da farmacêutica Novartis, foi testado em um ensaio com 5.101 mulheres que estavam na pré e pós-menopausa e apresentavam risco de recorrência dos tumores. Elas foram diagnosticadas com o subtipo classificado como receptor hormonal positivo e HER2-negativo, responsável por 70% dos episódios.

    Um grupo recebeu a terapia endócrina, um dos tratamentos preconizados em estágios iniciais, e o outro foi tratado com a combinação da terapia com o medicamento, que bloqueia a ação de proteínas que atuam no crescimento das células tumorais.

    A recidiva (reaparecimento) é uma preocupação tanto para pacientes quanto para oncologistas. A literatura médica aponta que, em pacientes no estadio II do câncer de mama, a possibilidade de retorno da doença é superior a 30%. O índice é maior que 50% em pacientes estadio III.

    Com o uso da droga, além da queda nas chances de recidiva, foi observada uma tendência de melhora da sobrevida geral. “Atender a essa necessidade não atendida em uma população tão ampla de pacientes pode ajudar a simplificar as decisões de tratamento para os profissionais de saúde e manter muitos pacientes em risco livres de câncer sem interromper suas vidas diárias”, disse Dennis Slamon, investigador principal do estudo, batizado como Natalee, em nota divulgada pela Novartis. A farmacêutica informou que deve encaminhar os resultados do estudo para agências reguladoras nos Estados Unidos e na Europa até o fim deste ano.

    Continua após a publicidade

    Apesar dos achados, uma possível incorporação da abordagem é algo que deve ser discutido, segundo Luciana Landeiro, oncologista clínica do Grupo Oncoclínicas.

    “Do ponto de vista prático, apesar de os dados serem animadores, a gente precisa acompanhar mais tempo para avaliar a maturidade desse benefício para aprovar a indicação para os nossos pacientes, porque 80% das pacientes ainda estavam recebendo a medicação quando foram analisadas”, afirma. “Teremos de acompanhar as curvas e impactos na sobrevida global das pacientes.”

    Outro ponto é que a droga não é a primeira a trazer os benefícios para pacientes oncológicas com tumores dessa natureza, embora possa complementar o arsenal de fármacos para este fim. No Brasil, por exemplo, outro medicamento com atuação e indicação semelhantes, o abemaciclibe (Verzenios, da farmacêutica Eli Lilly), recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento de mulheres com o mesmo perfil das pacientes avaliadas no Nactalee em agosto de 2021.

    *A repórter viajou a convite da Bayer

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 9,98 por revista)

    a partir de 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.