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Medicamento para artrite reduz em 37% risco de morte por Covid-19

No Brasil, o tofacitinibe (Xeljanz) é indicado para artrite reumatoide e retocolite ulcerativa, além do combate à pneumonia causada pela infecção

Por Matheus Deccache Atualizado em 17 jun 2021, 12h09 - Publicado em 16 jun 2021, 19h02
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  • Um novo estudo realizado pelo laboratório Pfizer e o Hospital Albert Einstein revelou nesta quarta-feira, 16, que o medicamento tofacitinibe (Xeljanz) reduz em 37% o risco de morte e de insuficiência respiratória em pacientes com pneumonia relacionados à Covid-19. Denominada STOP-COVID, a pesquisa foi liderada e coordenada pela Academic Research Organization (ARO) do Einstein em parceria com a Pfizer e foi publicada pelo The New England of Medicine, revista médica de maior impacto do mundo. 

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    O estudo é o primeiro do mundo a investigar o impacto do medicamento contra a enfermidade e seguiu o modelo de pesquisa padrão para avaliar tratamentos. Com o objetivo de testar a eficácia e a segurança do produto quando usado em pacientes adultos hospitalizados com pneumonia relacionada à doença, a pesquisa apresenta evidências de que a medicação pode se transformar em um recurso relevante contra a Covid-19.  

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    O tofacitinibe faz parte da categoria dos inibidores das janus quinase (JAKs), proteínas envolvidas no desencadeamento de doenças inflamatórias. No caso da Covid-19, sua atuação diminuiria o risco de ocorrência da chamada tempestade inflamatória, complicação grave da enfermidade associada à resposta exagerada do sistema imunológico à entrada do novo coronavírus.  

    “Os resultados do ensaio clínico foram positivos demonstrando que o medicamento pode atuar na tempestade inflamatória, reduzindo em 37% o risco de insuficiência respiratória ou morte. Trata-se de uma importante evidência científica na luta contra a doença e a Pfizer segue muito empenhada em buscar novas opções terapêuticas”, explica Márjori Dulcine, Diretora Médica da Pfizer Brasil. 

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    O trabalho teve a participação de 289 pacientes adultos internados, há no máximo três dias, em 15 centros brasileiros de tratamento. Um grupo recebeu o tofacitinibe (10mg) duas vezes por dia, além do tratamento padrão até a alta ou 14 dias de hospitalização, enquanto outro grupo recebeu placebo e tratamento padrão durante o mesmo período. Cerca de 90% dos participantes foram medicados com glucocorticóides durante a internação.  

    Ao final de 28 dias, em relação ao grupo placebo, o medicamento reduziu em 37% o risco de morte ou falência respiratória. Este dado é importante por demonstrar que o tofacitinibe possui efeito benéfico aditivo aos corticoides, que já demonstraram sua eficácia em pacientes hospitalizados com Covid19. Vale destacar, porém, que no estudo STOP-COVID os resultados também foram consistentes mesmo no subgrupo de pacientes que não receberam corticoides. 

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    O medicamento ainda não foi aprovado ou autorizado para uso por nenhuma agência regulatória do mundo para o tratamento de Covid-19, uma vez que o estudo publicado é o primeiro a avaliar seu impacto no tratamento da doença. Sua eventual utilização no arsenal contra o coronavírus dependerá de extensa avaliação de dados por parte dos órgãos reguladores e autoridades de saúde.

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