Governo abre consulta pública para incluir coquetel contra a Covid no SUS
Uso emergencial de Regn-Cov2 em pacientes com risco para evoluir para casos graves foi liberado pela Anvisa em abril
Uma consulta pública foi aberta na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para a inclusão, no SUS, do coquetel de anticorpos contra a Covid-19 da Regeneron em parceria com a Roche. A abertura foi na quarta-feira, 24, e as contribuições podem ser dadas no site do órgão até o dia 3 de dezembro.
O Regn-Cov2, uma associação de anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe, investigado em estudos clínicos para o tratamento da Covid-19 em três momentos diferentes: pacientes hospitalizados, pacientes ambulatoriais e pacientes com alto risco de se infectarem devido à exposição familiar a uma pessoa infectada.
Em abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso emergencial do coquetel para casos leves a moderados da doença, mas apenas em hospitais. A indicação é para pacientes com mais de 12 anos que tenham risco de evolução para quadros graves.
No começo do mês, a Regeneron anunciou novos dados do Regn-Cov2 2069, estudo de fase 3 que envolveu 2.475 pessoas, voltado para indicação profilática pós-exposição (ainda não aprovada no Brasil). Os novos resultados indicam que o medicamento é capaz de reduzir o risco de contaminação pelo vírus em 81,6% com dose única. Durante o período, nenhum dos voluntários que utilizou os anticorpos precisou ser hospitalizado.
“Nós da Roche seguimos unidos à sociedade e governos para colaborar com soluções efetivas contra a Covid-19. Reconhecemos a importância da consulta pública aberta pela Conitec para avaliação das Diretrizes Brasileiras para Tratamento Ambulatorial do Paciente com Covid-19, que contempla, dentre outros medicamentos, os anticorpos monoclonais, como Regn-Cov2, já aprovado em mais de 50 países, e também das demais consultas públicas sobre inovações voltadas ao tratamento da doença. Ferramentas de participação social como essa permitem à sociedade participar das decisões em saúde e definir os melhores cuidados a serem oferecidos aos pacientes brasileiros”, afirma Patrick Eckert, presidente da Roche Farma Brasil.