Fiocruz: Síndrome respiratória aguda grave tem alta de 135% em 3 semanas
O forte crescimento é resultado tanto da epidemia de gripe quanto da retomada da ampliação de casos de Covid-19, provocados pela variante ômicron
O Boletim InfoGripe, elaborado pela Fiocruz e divulgado neste sábado, 15, mostra aumento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas três semanas – uma alta de 135% na comparação com as últimas três semanas de novembro, período que antecedeu o apagão de dados do Ministério da Saúde, comprometendo o monitoramento do quadro sanitário do país.
Segundo o boletim, o forte crescimento é resultado tanto da epidemia de gripe quanto da retomada da ampliação de casos de Covid-19, provocados pela variante ômicron. No caso do coronavírus, por exemplo, a velocidade com que a doença se espalha na população cresceu semanalmente de 4% para 30%, informou a Fiocruz. Em todas as faixas etárias houve aumento de casos associados ao vírus Influenza A em novembro e dezembro. Do final de dezembro à primeira semana de janeiro, o predomínio foi da Covid, diz o monitoramento.
Quando avaliada o que a entidade chama de tendência de longo prazo, ou seja, medições das últimas seis semanas, pelo menos 25 das 27 unidades da federação tiveram tendência de crescimento de contágios de SRAG até a semana que se encerrou em 8 de janeiro – no Rio de Janeiro a tendência foi de crescimento no curto prazo (últimas três semanas) e em Roraima houve estabilidade nas tendências de longo e curto prazos.
Um sinal de alerta emitido pela Fiocruz é o de que praticamente todas as unidades da federação tiveram sinal de crescimento de infecções em semanas anteriores às celebrações de fim de ano, o que reforça a necessidade de manutenção ainda hoje de cuidados como o uso de máscaras e a vacinação.