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Ficar sentado boa parte do dia aumenta o risco de demência, diz estudo

Análise revela que o comportamento sedentário pode realmente abalar a saúde cognitiva no futuro

Por Diego Alejandro
Atualizado em 28 set 2023, 18h17 - Publicado em 28 set 2023, 16h49

É melhor se levantar para ouvir esta: os adultos mais velhos que passam muito tempo sentados podem correr maior risco de desenvolver demência, de acordo com um estudo publicado neste mês no periódico científico JAMA.

“Entre idosos, quanto mais tempo gasto em comportamentos sedentários, maior a incidência de demência por todas as causas”, relatam os pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) e da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. 

O trabalho selecionou dados de 49.841 homens e mulheres no Reino Unido com 60 anos ou mais que não foram diagnosticados com demência quando a pesquisa começou, em 2013.

“Os riscos não são significativos até cerca de 10 horas por dia de sedentarismo. Mas aumentam substancialmente com períodos mais elevados de tempo sedentário”, afirmou David Raichlen, professor de ciências biológicas e antropologia da USC e autor do estudo.

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Os resultados também sublinham quão generalizadas podem ser as consequências de ficar sentado demais, comportamento que afeta não só o metabolismo e o estado físico, como também a saúde cognitiva e mental. Com base nisso, os cientistas sugerem que o exercício por si só pode não ser suficiente para nos proteger. É preciso estar mais ativo no dia a dia. 

Não fique sentado

As desvantagens de ficar sentado em excesso são bem conhecidas pelos especialistas. Pesquisas anteriores mostram que as pessoas que ficam sentadas durante todo o dia, seja no escritório, no carro ou no sofá da casa, têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças, além de morrer prematuramente.

Ficar sentado pode até sabotar os efeitos do exercício. De acordo com outra pesquisa recente, as pessoas que se exercitam, mas depois ficam sentadas o resto do dia, acabam eliminando alguns dos benefícios metabólicos esperados dos seus esforços.

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A ciência busca elucidar agora por que o comportamento sedentário corrompe os neurônios com os anos. Algumas investigações já relacionaram o ato de sentar por muitas horas a problemas cognitivos posteriores, incluindo a doença de Alzheimer e outras formas de demência. Mas tais estudos confiaram principalmente no relato e na lembrança das pessoas de quanto elas ficam sentadas, o que pode ser bastante impreciso.

O que não é o caso da nova pesquisa publicada pela Associação Médica Americana. Nela, os participantes tiveram que usar um dispositivo chamado acelerômetro de pulso para monitorar seus níveis de “comportamento sedentário”, e a análise de acompanhamento foi realizada “por uma média de 6,72 anos”.

Mais um bom motivo para não ficar refém do sofá.

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