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Falar no telefone pode aumentar risco de hipertensão? Entenda

Estudo chinês aponta que ligações longas podem elevar riscos no futuro

Por Diego Alejandro
Atualizado em 10 Maio 2023, 16h03 - Publicado em 10 Maio 2023, 16h01

Se suas conversas no celular somam 30 minutos ou mais por semana, é melhor desligar o celular. Isso porque, de acordo com um novo estudo publicado no European Heart Journal – Digital Health, você pode estar aumentando seu risco de pressão alta.

A principal hipótese para explicar essa ligação é a emissão de baixos níveis de radiofrequência pelos celulares, tipo de exposição que tem sido associada ao aumento da pressão arterial. Entretanto, diversos estudos anteriores que analisaram esse processo chegaram a resultados inconsistentes. Segundo os pesquisadores do novo estudo, isso provavelmente aconteceu porque esses trabalhos incluíam ligações, mensagens de texto, jogos e assim por diante.

Os cientistas entrevistaram 212.046 adultos – todos relatando usar telefones celulares pelo menos uma vez por semana – sem hipertensão, entre 37 e 73 anos, com o objetivo de conectar os pontos entre o uso de telefones celulares e o “recrutamento da hipertensão”. Em 12 anos, constataram que usar o celular apenas para fazer ligações já aumentava o risco de pressão alta em 7%. Já falar ao celular por pelo menos meia hora por semana correspondeu a uma probabilidade 12% maior de hipertensão, quando comparado a pessoas que usavam o equipamento eletrônico por menos tempo.

E quanto mais, pior. De 1 a 3 horas, o aumento foi de 13%; de 4 a 6 horas, 16%; e mais de seis horas semanais de foram associadas a um aumento de 25% no risco de hipertensão arterial, em comparação com os participantes que gastaram menos de 5 minutos por semana fazendo ou recebendo chamadas de celular.

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Os pesquisadores também examinaram a relação entre o tempo de uso (menos de 30 minutos x 30 minutos ou mais) e hipertensão de início recente, de acordo com o risco genético para a condição. A análise mostrou que a probabilidade de desenvolver pressão alta era maior naqueles com alto risco genético que passavam pelo menos 30 minutos por semana falando ao celular, com um aumento de 33% no risco, em comparação com aqueles com baixo risco genético que gastavam menos de 30 minutos por semana ao telefone.

“Nossas descobertas sugerem que falar ao celular pode não afetar o risco de desenvolver pressão alta, desde que o tempo de ligação semanal seja mantido abaixo de meia hora. Mais pesquisas são necessárias para replicar os resultados, mas até então parece prudente reduzir ao mínimo as chamadas de telefone celular para preservar a saúde do coração”,  disse o autor do estudo, o cientista e professor Xianhui Qin, da Universidade de Medicina do Sul, na China. Anos de uso ou o emprego de uma configuração de viva-voz não tiveram influência na probabilidade de desenvolver pressão alta.

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