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Exposição a tóxicos pode prejudicar a saúde por até três gerações

Alterações na maneira como os genes funcionam interferem no início da puberdade e nos gametas sexuais masculinos e femininos

Por Da Redação
5 mar 2012, 12h40
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  • A exposição a agentes tóxicos presentes no ar pode causar prejuízos à saúde para até a terceira geração. Segundo uma pesquisa publicada no site do periódico PLoS ONE, diversas substâncias tóxicas, como alguns inseticidas, podem causar problemas de saúde não apenas a quem que foi exposto a eles, mas também às três gerações seguintes.

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    CONHEÇA A PESQUISA

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    Título original: Transgenerational Actions of Environmental Compounds on Reproductive Disease and Identification of Epigenetic Biomarkers of Ancestral Exposures

    Onde foi divulgada: periódico PLos ONE

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    Quem fez: Mohan Manikkam, Michael K. Skinner e equipe

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    Instituição: Washington State University

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    Dados de amostragem: 6 ratos fêmeas grávidas para o início da pesquisa

    Resultado: Foi visto que os danos à saúde do animal exposto podem ser transferidos até à terceira geração. Entre os efeitos nocivos estão o adiantamento da puberdade e a queda no número de casos com contagem baixa de espermatozoides.

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    De acordo com o estudo, conduzido por Michael Skinner e equipe, da Universidade Washington State, as sequências de DNA das ratas fêmeas grávidas que foram expostas a tóxicos permaneceram inalteradas. Esses compostos químicos, no entanto, conseguiram mudar a maneira como os genes se ligam e desligam – mudança que foi transmitida aos descendentes.

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    Uma pesquisa anterior, também feita por Skinner, já havia demonstrado efeitos similares causados por um pesticida e um fungicida. Mas esse é o primeiro estudo a demonstrar que uma variedade maior de substâncias tóxicas, como combustível de avião, dioxina, pesticida DEET (usado em repelentes de insetos) e permetrina (usado em inseticidas e repelentes), também causam problemas por gerações. “Não esperávamos que todas as substâncias tivessem efeitos para a prole, mas todas tiveram”, disse Skinner. Segundo os pesquisadores, isso indica que a capacidade de causar danos à saúde por gerações não é exclusiva de apenas um componente, mas uma característica de diversos compostos.

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    O estudo demonstra ainda como identificar e diagnosticar exposições a compostos tóxicos pelo uso de marcadores epigenéticos (epigenéticas são características hereditárias que não são genéticas. Passam de pai para filho, mas não estão nos genes) específicos. “No futuro, poderemos ser capazes de usar esses biomarcadores (marcadores são substâncias que ajudam a identificar a presença de uma doença no organismo) epigenéticos para determinar as exposições ancestrais e as pessoais do começo da vida de uma pessoa, e predizer sua suscetibilidade a ter uma doença no futuro”, diz Skinner.

    Pesquisa – A pesquisa, financiada pelo Exército americano, visava estudar poluentes aos quais possivelmente as tropas militares estariam expostas. Skinner e seus colegas deixaram, então, ratos fêmeas grávidas expostas a quantias relativamente altas, mas não letais, de compostos tóxicos. Em seguida, eles procuraram mudanças nas três gerações seguintes.

    Entre os resultados detectados pelos pesquisadores, foi visto que algumas fêmeas chegaram à puberdade mais cedo, além do aumento no número de casos de queda na contagem de espermatozoides e de números mais baixos de folículos ovarianos que se transformariam em óvulos.

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