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Estudo sugere melhora da depressão por meio de cogumelos alucinógenos

Droga baseada em composto com o vegetal induz a um estado de sonho, tratando a doença por até 12 semanas

Por Diego Alejandro
Atualizado em 20 abr 2023, 16h53 - Publicado em 3 nov 2022, 17h54

Uma droga baseada em um composto encontrado em cogumelos alucinógenos pode melhorar os sintomas de depressão grave por até doze semanas, mostra um estudo publicado no New England Journal of Medicine. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, atualmente, a doença mental é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. Somente no Brasil, a incidência do diagnóstico de depressão cresceu 40% entre o período pré-pandemia e o primeiro trimestre de 2022, de acordo com o levantamento Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis). Assim, terapias que auxiliam o tratamento são mais do que necessárias.

De acordo com a pesquisa, é necessário apenas um comprimido de 25mg de psilocibina para induzir os pacientes ao onirismo,  um estado mental constituído por um conjunto de alucinações visuais interagindo entre si e com o “sonhador” enquanto está acordado. É nesse momento que a terapia psicológica tem mais chance de ser bem-sucedida. “Entretanto, os efeitos colaterais de curto prazo podem ser assustadores e o apoio deve estar sempre disponível”, disseram os pesquisadores da King’s College, em Londres. A equipe estuda os efeitos da psilocibina em distúrbios de saúde mental há anos.

Estudos recentes têm sido promissores, mas insuficientes para avaliar os efeitos duradouros. Neste último, por exemplo, doses de 1mg, 10mg e 25mg foram testadas em um total de 233 pessoas em dez países da Europa e América do Norte, com o de 25mg dando melhores resultados. “A maioria estava gravemente deprimida há mais de um ano e tinha cerca de 40 anos”, contaram os pesquisadores do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência.

Após uma dose de 25mg de psilocibina Comp360, juntamente com psicoterapia, um em cada três pacientes não apresentou mais o diagnóstico em três semanas e um quinto teve uma melhora significativa no período de doze semanas. O psiquiatra e autor do estudo James Rucker disse que a droga foi pensada para ter “uma ação direta no cérebro, colocando-o em um estado mais flexível e fornecendo uma janela de oportunidade para terapia”.

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