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Entre 20 e 40% dos gastos com saúde no mundo são desperdiçados, diz OMS

Para pesquisadores, eficiência seria uma das melhores contribuições para universalizar a saúde

Por Da Redação
22 nov 2010, 16h17

Todos os anos, 100 milhões de pessoas no mundo são levadas à pobreza devido a gastos com saúde

Entre 20% e 40% dos investimentos em saúde em todo o mundo são desperdiçados. A informação consta do relatório Financiamento de Sistemas de Saúde: O Caminho para Cobertura Universal, da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o documento, os sistemas de saúde ainda sofrem com os efeitos da crise econômica, mas podem se aproximar da cobertura universal a cidadãos se adotarem uma medida simples: reduzirem ineficiências.

Em artigo publicado simultaneamente ao relatório, a especialista Sara Bennett, da universidade americana Johns Hopkins, comenta juntamente com colegas as revelações do documento da OMS: “É de conhecimento público que 50 milhões de pessoas não têm seguro-saúde nos Estados Unidos, mas é menos popular a informação de que, todos os anos, 100 milhões de pessoas no mundo são levadas à pobreza devido a gastos com saúde. Essa tragédia poderia ser evitada”, prega o artigo.

Para os pesquisadores, um dos pontos mais relevantes do relatório da OMS é a constatação de que a ineficiência não é fruto apenas do mau uso dos recursos para a saúde. As perdas também se dão devido ao modo fragmentado pela qual as doações chegam aos países pobres.

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Os estudiosos acrescentam ainda que as barreiras à cobertura universal não são técnicas, mas políticas. “Algumas empresas de seguros podem querer estabelecer um papel claro para as seguradoras privadas, enquanto alguns médicos podem não querer abrir mão de seu monopólio lucrativo, transferindo tarefas para profissionais de enfermagem ou de outros quadros qualificados”, diz o artigo feito pela equipe de Sara.

Cobranças diretas – Adicionalmente, o relatório da OMS sugere que os países reduzam as cobranças diretas por serviços médicos. Ele aponta que os países mais bem-sucedidos na cobertura universal são aqueles que transferem as contas para os cidadãos que podem pagar, por meio de impostos e taxas.

“O documento argumenta que não há uma via única ou ‘solução mágica’ para a cobertura universal”, dizem Bennett e seus colegas. “Cada país deve decidir por si só um equilíbrio adequado entre a expansão da cobertura, o oferecimento de mais serviços e o maior abatimento no custo de atendimento”.

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