Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Entidade lança cartilha de boas práticas de operadoras de saúde para autistas

Guia da Unidas indica estratégias de cuidado para o tratamento de pacientes; modelo deve ser implantado em 2025 em unidades de Minas Gerais

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jul 2024, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O tratamento de uma pessoa diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) vai além das terapias. O cuidado oferecido pelas operadoras de saúde, que precisa ser contínuo, deve atender às necessidades dos pacientes e ter em mente a gestão dos beneficiários para evitar que eles sejam impactados por questões financeiras das empresas e tenham o acompanhamento ameaçado. Na esteira da busca por esse equilíbrio, a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) lançou uma cartilha de boas práticas para operadoras de saúde de autogestão cujo modelo deve ser adotado a partir do próximo ano em unidades de Minas Gerais.

    A cartilha recomenda adaptações no modelo de remuneração dos atendimentos prestados e a adoção de clínicas compartilhadas como formas de manter a sustentabilidade das operadoras, principalmente as de pequeno porte.

    No caso da remuneração, há uma tendência de estabelecimento de valores fixos por atendimento ou pacote associado a uma remuneração variável. “Esta abordagem incentiva a eficiência e a qualidade na prestação dos serviços, promovendo uma relação mais equilibrada entre clínicas, operadoras de saúde e pacientes, com foco na excelência do cuidado oferecido”, diz, em nota, Lizandra Lima, coordenadora de Comissões, Produtos e Serviços da Unidas.

    Em clínicas credenciadas, o modelo mais comum é a definição de um valor por sessão ou hora de trabalho que considera médias de remuneração pagas aos prestadores. “Definir corretamente o modelo de remuneração é essencial para garantir a sustentabilidade financeira, a qualidade dos serviços prestados e a satisfação de todas as partes envolvidas.”

    No caso das clínicas compartilhadas de TEA, a proposta é ter uma gestão compartilhada entre as operadoras e os prestadores de serviços, que pode ocorrer com unidades próprias ou parcerias com instituições especializadas.

    Continua após a publicidade

    Segundo Lizandra, as unidades compartilhadas não só otimizam o uso dos recursos disponíveis, mas oferecem estrutura física adequada e equipamentos especializados para atender às necessidades dos pacientes.

    Atendimento multidisciplinar e foco no paciente

    Embora aponte caminhos para a sustentabilidade das operadoras de saúde de autogestão — quando a própria instituição é a responsável pela administração do plano de saúde oferecido aos seus servidores –, a cartilha dedica grande parte de seu conteúdo a explicações detalhadas sobre o autismo, como as principais características do transtorno, diagnóstico, exames complementares que podem ser realizados e profissionais que devem acompanhar o paciente, psicólogo, neuropediatra, fonoaudiólogo e nutricionista, tendo em vista que o tratamento é multidisciplinar.

    As propostas terapêuticas que podem ser oferecidas para abordagens mais completas, caso da terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada), considerada padrão-ouro para os pacientes, também são apresentadas.

    Continua após a publicidade

    “Por meio dessa iniciativa, mostramos que é necessário seguir uma linha de cuidado ideal e mais assertiva. Um modelo de remuneração que não apenas reduza custos e desperdícios de recursos, mas também atenda às necessidades específicas do atendimento de pessoas com TEA”, explica Lizandra.

    A entidade indica ainda que seja realizado o monitoramento de indicadores da rede prestadora, como as horas dedicadas aos pacientes com o transtorno, o índice de satisfação familiar e o percentual de adesão a intervenções.

    “É essencial gerenciar esses indicadores, acompanhando de perto o cumprimento de metas e objetivos estabelecidos, elaborando planos de ação de melhoria com os prestadores e avaliando sua eficácia dentro dos prazos determinados. Essas práticas promovem uma gestão eficaz e contribuem para a melhoria contínua dos serviços prestados.”

    Continua após a publicidade

    Transtorno do Espectro Autista

    O Transtorno do Espectro Autista é uma condição que se caracteriza pela alteração de funções do neurodesenvolvimento, afetando a comunicação e a linguagem, comportamento e interação dos pacientes.

    O transtorno costuma ser identificado na infância por sinais como falta de contato visual, atraso motor, dificuldade para demonstrar emoções, hiperfoco e desconforto diante de estímulos sensoriais. A prevalência do TEA é de uma em cada 36 crianças com quatro vezes mais casos em meninos do que em meninas, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.