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Entenda como funciona o remédio que Trump usa para calvície

O médico de Donald Trump revelou que o presidente toma finasterida, principal medicamento para calvície. Entenda como funciona o tratamento

Por Da redação
Atualizado em 3 fev 2017, 17h20 - Publicado em 3 fev 2017, 17h15
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  • Aos 70 anos, Donald Trump é o presidente mais velho da história dos Estados Unidos. Em entrevista ao jornal americano The New York Times, Harold N. Bornstein, médico de longa data de Donald Trump, acabou com o mistério sobre o cabelo do magnata. Frequentemente confundido com uma peruca, Bornstein informou que o republicano toma regularmente finasterida, um dos tratamentos mais comuns para a calvície masculina. 

    Segundo o médico, Trump consome uma pequena dose de Propecia, um dos nomes comerciais da finasterida, para estimular o crescimento dos fios. Segundo informações do The New York Times, o tratamento consiste em tomar um comprimido por dia do medicamento e é indicado para o tipo de queda de cabelo mais comum entre homens, quando a linha do cabelo retrocede e há redução do número de fios nas têmporas e na coroa.

    O “culpado” por esse tipo de calvície é o hormônio masculino dihidrotestosterona (DHT), formado a partir da conversão da testosterona pela enzima 5-alfa-redutase. Em alguns homens, o folículo capilar é extremamente sensível a esse hormônio, causando o afinamento e queda dos fios. A finasterida atua no couro cabeludo bloqueando a ação dessa enzima. Mas, Andrew Alexis, chefe do departamento de dermatologia do Mount Sinai St Luke e Mount Sinai West em Nova York, ressalta que o medicamento atua melhor em parar a queda do que em fazer o cabelo voltar a crescer. 

    “Eu estabeleço expectativas desde o início, expectativas realistas. O que eu mais enfatizo é que [o remédio] irá parar a progressão e preservar o cabelo que ainda resta. Eu acho que é muito bem sucedido em fazer isso.”, disse Alexis ao The New York Times.

    Ainda segundo o especialista, a finasterida geralmente é usada como segunda linha de tratamento ou um adjuvante ao tratamento com minoxidil, que deve ser aplicado diretamente no couro cabeludo. Caso o minoxidil sozinho não funcione, é recomendada a finasterida. 

    Efeitos colaterais

    A finasterida é popularmente conhecida por seus efeitos colaterais que incluem redução do desejo sexual, problemas de ereção e diminuição do volume da ejaculação. No entanto, esses sintomas são pouco incidentes e atingem apenas 2% dos pacientes. Mesmo assim, o risco já é o suficiente para que muitos homens declinem o tratamento antes mesmo de iniciá-lo, segundo Alexis. Mas, os que decidem começar geralmente não abandonam, afirmou o médico.

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    Outro possível efeito adverso do medicamento, comum em homens a partir dos 55 anos é o aumento do risco de câncer de próstata agressivo. No entanto, essa probabilidade só foi comprovada em pacientes que utilizam a finasterida como tratamento para hiperplasia da próstata, quando a dosagem é cinco vezes maior do que no tratamento de combate à queda de cabelo.

    Remédio para próstata

    Originalmente, a finasterida foi criada para combater a hiperplasia da próstata – o aumento desta glândula que causa dificuldades para urinar. Na década de 1970, endocrinologistas americanos visitaram uma tribo na República Dominicana que tinha 2% das crianças que nasciam o sexo indefinido e, durante a puberdade, sofriam mudanças físicas e se transformavam em meninos. Eles descobriram que essa condição se devia a uma mutação genética que resultava em baixos níveis da enzima 5-alfa-redutase e, partindo desta descoberta, a farmacêutica Merck criou a finasterida.

    Posteriormente, homens que usavam o medicamento para esse fim começaram a notar melhora na queda de cabelo e o remédio deixou de combater problemas na próstata e passou a ser utilizado contra a queda capilar. Atualmente, mesmo em seu propósito inicial, a hiperplasia da próstata, a finasterida pode ser substituída. Apenas 20% dos homens com essa condição usam o medicamento. Novas drogas e até mesmo um stent, como os usados em cirurgias cardiológicas, podem ser usados para controlar essa condição.

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    O minoxidil, outro medicamento comumente utilizado contra a queda de cabelo também não foi criado com esse propósito. Inicialmente ele era vendido na forma de comprimido destinado para o tratamento de pressão alta.

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