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Empresa pagará US$ 438,5 milhões para encerrar investigação de vaping

Maior empresa de cigarros eletrônicos nos EUA também está proibida de fazer marketing para jovens e deturpar o nível de nicotina em seus produtos

Por Diego Alejandro
6 set 2022, 17h44
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  • A Juul Labs, empresa americana de cigarros eletrônicos, concordou, provisoriamente, em pagar US$ 438,5 milhões para encerrar uma investigação que durou dois anos e envolveu 33 estados nos Estados Unidos, e que se concentrava nas práticas de vendas e marketing da empresa.

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    Segundo o inquérito, a empresa alimentava a crise do vaping na adolescência, comercializando e anunciando esses produtos para adolescentes com festas de lançamento, brindes e postagens de mídia social usando modelos jovens. William Tong, procurador-geral de Connecticut, disse em entrevista coletiva que a investigação descobriu que a Juul Labs tinha um sistema de verificação de idade “poroso” para seus produtos e que 45% de seus seguidores no Twitter tinham entre 13 e 17 anos.

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    “Achamos que isso ajudará bastante a conter o fluxo de vaping da juventude”, disse Tong. “Não temos ilusões e não podemos afirmar que isso impedirá a juventude de vaping. Continua a ser uma epidemia. Continua a ser um grande problema. Mas essencialmente tiramos uma grande parte do que já foi líder de mercado”, completou.

    O acordo, que proíbe de fazer marketing para jovens, financiar educação nas escolas e deturpar o nível de nicotina em seus produtos, resolve uma das maiores ameaças legais enfrentadas pela companhia. A Juul Labis enfrenta ainda nove ações judiciais separadas em outros estados, além de centenas de processos pessoais movidos em nome de adolescentes e outras pessoas que dizem terem se viciado com os produtos vaping da empresa.

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    Por meio de um comunicado, a Juul Labs disse nesta terça-feira 6, que o acordo “é uma parte significativa de nosso compromisso contínuo de resolver problemas do passado. Os termos do acordo estão alinhados com nossas práticas comerciais atuais, que começamos a implementar após a redefinição de toda a empresa em 2019”.

    A Juul já havia descontinuado várias práticas de marketing e retirado muitas de suas cápsulas com sabor que atraíam adolescentes, sob pressão pública de legisladores, pais e especialistas em saúde há alguns anos, quando a crise do vaping estava no auge.

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    A capacidade da empresa de continuar a vender seus produtos, contudo, tem sido questionada nos últimos meses. A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana, anunciou em junho que havia negado o pedido da empresa de autorização de comercialização para vender os vapes, dizendo que seu pedido não tinha evidências para provar que beneficiaria a saúde pública. A agência também citou dados “insuficientes e conflitantes” da empresa, que rapidamente foi ao tribunal e obteve uma suspensão temporária.

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    A companhia” respondeu dias depois que ajudou dois milhões de fumantes adultos a deixar de fumar cigarros combustíveis” e discordou das conclusões da agência sobre produtos químicos em seus produtos. A F.D.A. anunciou então que permitiria que os produtos permanecessem no mercado até uma revisão adicional de “questões científicas”.

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    Os US$ 438,5 milhões serão pagos em um período de seis a 10 anos. Tong disse que o pagamento de pelo menos US$ 16 milhões da Connecticut será destinado aos esforços de prevenção e educação de vaping. A Juul já havia resolvido ações judiciais no Arizona, Louisiana, Carolina do Norte e Washington.

    O total do acordo equivale a cerca de 25% das vendas da Juul nos EUA, equivalente a US$ 1,9 bilhão no ano passado, e que, de acordo com o último levantamento, é a marca líder de cigarros eletrônicos, representando 42% do mercado americano de ‘vapes’. Tong disse que era um “acordo em princípio”, o que significa que os estados finalizarão os documentos nas próximas semanas.

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