Doenças, que hoje já podem ser facilmente evitadas, foram responsáveis pela maior parte das mortes de crianças menores de cinco anos em 2010. Neste ano, das 7,6 milhões de mortes todo o mundo, cinco milhões foram por causa de doenças como pneumonia, diarreia e malária. Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada na edição desta semana da revista médica The Lancet.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Global, regional, and national causes of child mortality: an updated systematic analysis for 2010 with time trends since 2000
Onde foi divulgada: revista The Lancet
Quem fez: Li Liu, Hope Johnson, Simon Cousens, Jamie Perin, Susana Scott, Joy Lawn, Igor Rudan, Harry Campbell, Richard Cibulskis, Mengying Li, Colin Mathers e Robert Black
Instituição: Universidade de Johns Hopkins
Dados de amostragem: Mortalidade mundial entre crianças de até cinco anos de idade em 2010
Resultado: 7,6 milhões de crianças menores do que cinco anos morreram em 2010. A maior parte das mortes ocorreu devido a doenças infecciosas e complicações no parto
De acordo com pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Johns Hopkins, que analisaram dados sobre a mortalidade infantil de 2010 em todo o mundo, os óbitos entre crianças com menos de cinco anos caiu desde 2000. No entanto, segundo o coordenador do estudo, Robert Black, essa redução deverá ser mais acentuada nos próximos anos para que a meta estabelecida pela ONU, que consiste em uma redução de dois terços da mortalidade até 2015, seja alcançada.
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Causas – O levantamento ainda indicou que 64% das mortes entre crianças menores de cinco ocorreu devido a uma infecção ou doença infecciosa. Entre as crianças mais velhas, as principais causas de morte foram pneumonia (14%), diarreia (10%) e malária (7,5%). O estudo ainda indicou que 40% das mortes de crianças menores de cinco anos ocorreram entre bebês com até quatro semanas de vida, principalmente em decorrência de complicações no parto prematuro e de meningite.
Para os autores da pesquisa, a atenção para causas infecciosas e problemas neonatais devem guiar estratégias de diminuição da mortalidade infantil.
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