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Dieta rica em óleo de canola pode estar associada a dano cerebral

Estudo realizado com animais, mostrou que o óleo elevou o número de placas beta-amiloide e danos nas sinapses cerebrais

Por Da Redação
Atualizado em 8 dez 2017, 19h24 - Publicado em 8 dez 2017, 19h22

O óleo de canola, que muitas vezes é promovido como mais saudável do que os outros tipos, pode ser mais prejudicial do que benéfico para a saúde. Segundo um novo estudo feito em ratos, publicado no periódico científico Scientific Reports, uma dieta rica em óleo de canola, além de engordar, pode aumentar o risco de desenvolver Alzheimer.

“Embora o óleo de canola seja mais atraente por ser visto como saudável e ter um baixo custo em relação aos outros óleos vegetais, muitos estudos têm mostrado que o seu consumo a longo prazo pode ser prejudicial para a saúde do cérebro”, disse Domenico Praticò, da Escola de Medicina da Universidade Temple, na Filadélfia, principal autor da pesquisa.

O estudo

As causas do Alzheimer continuam sendo um mistério, mas acredita-se que o acúmulo de placas beta-amiloide no cérebro representa o desenvolvimento da doença. No estudo, a equipe de pesquisa procurou testar como o consumo de óleo de canola poderia estar relacionado ao surgimento dessas placas, que afetam o funcionamento das regiões associadas à memória.

Os pesquisadores dividiram os ratos de laboratório, que tinham cerca de seis meses, em dois grupos: um que recebeu uma dieta rica em óleo de canola (equivalente a duas colheres de chá diárias, para humanos) e outro, que recebeu uma dieta sem a gordura. Ambos os grupos foram monitorados por seis meses, seguindo as mesmas dietas.

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Riscos

Depois de completarem um ano de idade, os ratos de ambos os grupos foram estimulados a completar um teste de labirinto, para que os cientistas pudessem acessar suas habilidades de aprendizado e memória. Comparados aos ratos que seguiram a dieta normal, os que consumiram o óleo de canola tiverem um ganho de peso maior e as habilidades avaliadas reduzidas.

Surpreendentemente, esses ratos também mostraram uma redução de uma forma beta-amiloide do tipo 1-40, que está associada à prevenção da formação de placas e danos nas sinapses cerebrais, responsáveis pela comunicação entre as células.

De acordo com esses resultados, os pesquisadores acreditam que o consumo do óleo de canola em longo prazo pode oferecer mais riscos do que benefícios. “Embora o óleo de canola seja um óleo vegetal, temos que ter cuidado ao considerar certos alimentos como saudáveis. A canola não deveria estar associada a outros vegetais, que já têm seus benefícios comprovados.”

Próximas pesquisas

Nas próximas etapas do estudo, os pesquisadores planejam analisar qual o período de tempo associado aos efeitos prejudiciais do óleo de canola, que afetam os mecanismos cerebrais. A equipe também quer investigar se esses efeitos estão relacionados somente ao surgimento do Alzheimer ou também poderiam contribuir para o desenvolvimento de outras doenças neurodegenerativas.

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Canola

O óleo de canola é um tipo de óleo vegetal proveniente do cultivo da colza, ou couve-nabiça, uma planta de floração amarela pertencente à família dos repolhos. O primeiro óleo de canola a ser comercializado foi desenvolvido por pesquisadores canadenses na década de 1970. Ao contrário de outras formas de óleo de colza, o óleo de canola foi desenvolvido para ter um baixo em ácido erúcico, ácido graxo que algumas pesquisas já relacionaram a problemas cardiovasculares e ao câncer.

Além disso, o óleo é baixo em gorduras saturadas e rico em gorduras poli-insaturadas (o ômega-3 e o ômega-6), que podem reduzir os níveis de colesterol e proteger o coração. Estudos anteriores afirmam que o óleo de canola pode ser considerado como um dos óleos vegetais comestíveis mais saudáveis em termos de funções biológicas e capacidade de auxiliar na redução dos fatores de risco relacionados à doenças.

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