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Cura funcional da infecção pelo HIV é observada em 14 pacientes na França

Em um estudo, essas pessoas passaram a tomar antirretrovirais mais cedo do que o normal e durante três anos. Nos sete anos seguintes, sem remédios, seus níveis de vírus no sangue eram incapazes de desencadear sintomas

Por Da Redação
15 mar 2013, 12h42
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  • Pesquisadores publicaram, nesta quinta-feira, um estudo no qual revelam que 14 pacientes adultos infectados pelo HIV parecem ter obtido uma cura funcional da doença. Ou seja, mesmo após terem interrompido o tratamento, apresentam quantidades tão pequenas do vírus no sangue que ele se tornou incapaz de produzir sintomas durante sete anos. A pesquisa foi divulgada dias depois de médicos americanos terem anunciado a também cura funcional em um bebê recém-nascido infectado pelo vírus da aids.

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    Segundo os responsáveis por esse estudo, que foi coordenado no Instituto Pasteur, em Paris, na França, a chave para a cura funcional nesses 14 pacientes foi o início precoce do tratamento com antirretrovirais após a infecção. De acordo com o artigo, essas pessoas começaram a ser monitoradas a partir do momento em que elas passaram a receber os antirretrovirais, que foi dez semanas após eles serem infectadas. Em média, essas drogas são dadas aos pacientes três anos mais tarde.

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    Os pacientes, que tinham entre 34 e 66 anos, então, tomaram os antirretrovirais ao longo de dois a três anos, em média, e depois interromperam o tratamento. De acordo com o estudo, eles conseguiram manter a carga viral sob controle durante uma média de sete anos e meio, sem o uso de nenhum medicamento. Um dos pacientes chegou a ficar pouco mais de dez anos sem apresentar sintomas. “Não é erradicação, mas claramente eles puderam viver por um longo período de tempo saudáveis e sem tomar os antirretrovirais”, diz Asier Saez-Cirio, coordenador da pesquisa, que está presente no periódico PLoS Pathogens.

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    No entanto, os pesquisadores advertem que esses resultados não significam que essa abordagem possa funcionar para todas as pessoas infectadas pelo HIV no mundo, já que a pesquisa analisou 70 pacientes infectados e somente 14 deles apresentaram a cura funcional. Já o restante dos indivíduos, ao deixarem de tomar os antirretrovirais, recuperaram níveis de vírus semelhantes aos observados antes de começarem a ser tratados.

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    Explicação – Segundo os autores, ainda não está claro o que fez com que a cura funcional ocorresse nesses 14 pacientes, apesar de eles terem sido submetidos a vários testes imunológicos. Mas eles acreditam que, entre essas pessoas, possa ter ocorrido uma limitação nos reservatórios virais, que se formam no organismo de um indivíduo após a infecção pelo HIV. Esses reservatórios são compostos por células dormentes que reativam a infecção quando o remédio deixa de ser tomado.

    “Esses dados, junto às informações sobre o caso do bebê recém-nascido nos Estados Unidos, apoiam fortemente a ideia do tratamento precoce e fornecem pistas importantes para o desenvolvimento de estratégias para curar a infecção pelo HIV, ou ao menos induzir a um controle a longo prazo sem a necessidade de antirretrovirais”, disse Asier Saez-Cirio, que coordenou a pesquisa.

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