Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Coronavírus pode ser transmitido pelo sêmen, sugere novo estudo

A pesquisa, realizada na China, abriu importante caminho para a discussão

Por Alexandre Senechal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2020, 15h42 - Publicado em 8 Maio 2020, 14h37
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Uma pesquisa realizada em um hospital de Shangqiu, cidade na província de Henan, na China, encontrou o novo coronavírus no sêmen de pacientes infectados. Um grupo de 38 homens foi testado e seis apresentaram partículas virais no esperma. A descoberta sugere que a Covid-19 possa, portanto, ser transmitida sexualmente.

    Publicidade

    Especialistas ouvidos por VEJA ponderam que a descoberta é importante, mas que, para determinar se existe o risco de transmissão pelo ato sexual, ainda faltam estudos que mostrem que a partícula presente no sêmen é infectante.

    Publicidade

    LEIA TAMBÉM

    A Covid-19 na América Latina pelos olhos de quem está na linha de frente

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    “Ainda não há evidência científica de que possa ser transmitido por contato sexual, mas isso estará em estudo e logo saberemos. Ter o conhecimento de que a partícula do vírus é infectante ou não é fundamental, porque a partir disso outras pesquisas vão se desenvolver para tentar elucidar se a relação sexual pode ter algum papel na transmissão”, explica Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

    A relação sexual durante a pandemia já é um risco pela possibilidade de encontrar o vírus no nariz e na garganta. As partículas conseguem sobreviver e serem transmissíveis até o quinto dia após uma pessoa contrair a doença. Ricardo Diaz, professor de infectologia da Escola Paulista de Medicina e consultor da SBI, reflete que a descoberta seria revolucionaria se fosse comprovado que o vírus poderia ser infeccioso e por mais tempo do que em outras regiões.

    Publicidade

    ASSINE VEJA

    Quarentena em descompasso Falta de consenso entre as autoridades e comportamento de risco da população transforma o isolamento numa bagunça. Leia nesta edição ()
    Clique e Assine

    “É mais uma prova de que ele está em qualquer lugar do corpo, se proliferando. Se fosse provado que o vírus é infeccioso por mais tempo do que na garganta e no nariz, os dois testes de PCR que fazemos para liberar uma pessoa que está recuperada não seriam suficientes. Cerca de 80% das transmissões do coronavírus acontecem em pessoas com pouco ou nenhum sintoma, e dentro de casa”, afirma Diaz.

    Os testes do estudo chinês foram realizados apenas em homens. Ainda não há nenhuma comprovação da presença do coronavírus na secreção vaginal.

    Continua após a publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.