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Coronavírus: mutação pode facilitar ação da vacina, diz estudo

Pesquisa recente sugere que a mesma mutação que tornou o coronavírus mais infeccioso, também pode tê-lo deixando mais vulnerável aos imunizantes

Por Da redação
Atualizado em 28 jul 2020, 17h00 - Publicado em 28 jul 2020, 14h16

Um novo estudo mostrou que a mesma mutação que aumentou a capacidade do novo coronavírus invadir as células também pode ter tornado o vírus mais suscetível à vacina. A mutação D614G aumenta o número de picos ou ‘spikes’ na superfície do vírus, o que aumenta aumenta a capacidade do vírus infectar células, além de torná-lo mais estável.

Por outro lado, de acordo com os pesquisadores, essa característica pode fazê-lo mais vulnerável à ação de pelo menos cinco vacinas que já estão em fase adiantada de testes, segundo os pesquisadores liderados pelo cientista Drew Weissman, da Universidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos.

As vacinas são desenvolvidas para induzir a produção de anticorpos neutralizantes que impedem o vírus de invadir as células, se multiplicar no organismo e gerar a doença. A maioria das candidatas atuais foi desenvolvida justamente para provocar a formação de anticorpos neutralizantes contra a proteína spike.

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Com mais espinhos, vai haver mais espaço para os antígenos da vacina atuarem na defesa e para poder, assim, neutralizar a ação do vírus, afirmam os pesquisadores em um artigo que ainda não foi revisado por pares (pré-print) e que foi publicado na plataforma MedRXiv.

“O ganho em infectividade fornecido pelo D614G teve o custo de tornar o vírus mais vulnerável aos anticorpos neutralizantes”, escreveram os pesquisadores em um artigo publicado na plataforma medRxiv na sexta-feira, 24.

LEIA TAMBÉM: As diferenças e semelhanças entre outros coronavírus e o Sars-CoV-2

Experimento

Para entender como uma possível vacina responderia a esta mutação, os cientistas realizaram experimentos em ratos, macacos e humanos. Eles receberam um soro com anticorpos e, em seguida, um vírus modificado para conter apenas a proteína Spike, e que, portanto, não poderia causar a Covid-19.

Os resultados mostraram que naqueles que receberam o soro, o vírus com a mutação D614G teve mais dificuldade de se acoplar à célula que seria invadida. Segundo os pesquisadores, isso indica que essa linhagem, que é justamente a se tornou mais dominante no mundo, deve ser mais suscetível ao bloqueio dos anticorpos induzido pelas vacinas.

 

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