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Surto de coronavírus pode terminar na China em abril, diz especialista

Epidemiologista acredita que há indícios apontando para o controle da infecção

Por Da Redação 11 fev 2020, 15h42

O conselheiro médico mais graduado do governo chinês, Zhong Nanshan, acredita que o surto do novo coronavírus pode ser controlado até abril. A infecção já matou 1 000 pessoas na China e infectou outras 42 000.

Nanshan é um epidemiologista de 83 anos que ficou famoso por combater uma epidemia de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2003. Ele acredita que o surto diminuirá em breve porque o número de novos casos já começou a cair em alguns lugares.

Antes de ser controlada, no entanto, a epidemia deve fazer mais estragos. O pico de casos deve ocorrer na metade ou no final de fevereiro, seguido por uma estabilização e uma redução, acredita o médico, baseando sua previsão em modelos matemáticos, acontecimentos recentes e uma ação governamental.

“Espero que este surto ou este evento termine lá para abril”, disse ele em uma ronda hospitalar na Universidade Médica de Guangzhou, onde onze pacientes com coronavírus estão sendo tratados.

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“Não sabemos porque ele é tão contagioso, então isso é um grande problema”, acrescentou ele, que ajudou a identificar falhas nos sistemas de reação de emergência chineses durante a crise de Sars de entre 2002 e 2003.

Ele disse que houve uma redução gradual de novos casos na província de Guangdong, no sul, onde ele está, e também em Zhejiang e outras partes. “Então isso é uma boa notícia para nós.”

Agora que a China está adotando medidas inéditas para isolar regiões infectadas e limitar as rotas de transmissão, Nanshan elogiou o governo por interditar Wuhan, a cidade do epicentro do surto, que ele disse ter perdido o controle do vírus em um estágio inicial.

“O governo local deveria ter alguma responsabilidade por isso”, disse. “Seu trabalho não foi bem feito.” Até agora, acredita-se que o vírus surgiu em um mercado de frutos do mar de Wuhan, no início de dezembro.

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As autoridades também vêm sendo criticadas pelo tratamento duro dado ao médico Li Wenliang, detido por divulgar a presença do vírus antes de morrer em decorrência da infecção na sexta-feira, 7.

“A maioria das pessoas pensa que ele é o herói da China”, disse Zhong, enxugando as lágrimas. “Estou muito orgulhoso dele, ele disse a verdade às pessoas, no final de dezembro, e depois faleceu.”

(com Reuters)

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