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Como se proteger do maruim, o mosquito que espalha a febre Oropouche

Infecção, que também pode ser causada pelo Culex em áreas urbanas, teve as primeiras duas mortes confirmadas da literatura médica em surto no Brasil

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jul 2024, 21h45 - Publicado em 29 jul 2024, 14h29
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  • Transmitida principalmente pelo Culicoides paraenses, mais conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, a febre Oropouche se tornou mais um foco de atenção entre as arboviroses diante da investigação de casos de microcefalia e morte fetal relacionados com o vírus no Brasil e de o país ter registrado os primeiros óbitos pela doença relatados no mundoO combate aos vetores é um desafio e, diante da inexistência de vacinas para evitar a doença, é importante manter cuidados que, no momento, devem ser intensificados principalmente por gestantes.

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    Em nota técnica divulgada neste mês, o Ministério da Saúde recomendou reforço na vigilância de grávidas com suspeita de infecções por arbovírus — o que inclui dengue, chikungunya e zika –, inclusive se apresentarem complicações, como óbito fetal, e se o bebê apresentar malformações, caso da microcefalia.

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    As medidas de proteção para as grávidas e para toda a população são evitar áreas onde há presença excessiva de maruins e mosquitos, usar telas de malha fina em portas e janelas, bem como optar por roupas que cubram a maior parte do corpo. É importante saber que não só o maruim transmite a doença. Em regiões urbanas, o Culex quinquefasciatus, o pernilongo visto comumente nas residências, é um dos vetores.

    Para combater o Aedes Aegypti, o popular mosquito da dengue, a recomendação mais conhecida é evitar água parada na caixa d’água e demais tipos de reservatório, além de pneus e entulho. No caso da febre Oropouche, a pasta dá outra orientação: “manter a casa limpa, incluindo a limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, e o recolhimento de folhas e frutos que caem no solo”.

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    Também é recomendado aplicar repelente nas áreas expostas da pele. Em alerta aos países da região das Américas sobre o risco de transmissão do vírus da mãe para o bebê, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) sugere uso de formulações contendo com DEET, IR3535 ou icaridina.

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    Mortes por febre Oropouche

    Na semana passada, o Ministério da Saúde emitiu um comunicado confirmando a morte de duas mulheres do interior da Bahia que apresentaram sintomas de dengue grave, mas tinham sido infectadas por febre Oropouche. Elas tinham menos de 30 anos e não apresentavam comorbidades (doenças prévias). “Até o momento, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença”, informou a pasta.

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    Na ocasião, a pasta informou que uma morte registrada em Santa Catarina permanecia em investigação, mas um óbito notificado no Maranhão por suspeita de relação com a infecção tinha sido descartado.

    Inicialmente, os casos se concentravam na região Norte do país, principalmente no Amazonas e em Rondônia. Depois, se espalharam para outros estados. A doença é monitorada pela Sala Nacional de Arboviroses, que acompanha outras infecções causadas por mosquitos, e foram registrados  7.236 casos de febre Oropouche em 2024.

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    Casos de transmissão da mãe para o bebê

    O Ministério da Saúde investiga ainda seis casos de transmissão da mãe para o bebê da doença que resultaram em episódios de morte fetal, aborto espontâneo e três casos de microcefalia, malformação que causa a diminuição do perímetro da cabeça dos bebês. Foram três episódios em Pernambuco, um na Bahia e outro no Acre.

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    “As análises estão sendo feitas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, com o acompanhamento do Ministério da Saúde, para concluir se há relação entre a febre Oropouche e casos de malformação ou abortamento”, disse, em nota, a pasta.

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    Entenda a febre Oropouche

    A febre Oropouche é causada pelo vírus OROV e é transmitido por mosquitos. Detectado pela primeira vez em Trinidad e Tobago no ano de 1955, tem causado surtos esporádicos no Brasil, Equador, Guiana Francesa, Panamá e Peru. No Brasil, o vírus foi isolado pela primeira vez em 1960 por meio de uma amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

    Os sintomas da doença são febre de início súbito, dor de cabeça, rigidez articular e dores. Alguns pacientes manifestam fotofobia (intolerância visual à luz), náuseas e vômitos persistentes que podem durar de cinco a sete dias. Em casos mais graves, que são raros, pode ocorrer a evolução para meningite.

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