Cidade do Rio de Janeiro retoma a campanha de vacinação contra Covid-19
A vacinação estava suspensa havia dois dias por falta de imunizante. O calendário da semana que vem ainda não foi definido
Depois de suspender durante dois dias a aplicação de primeiras doses da vacina contra a Covid-19, a cidade do Rio de Janeiro retomou a vacinação nesta sexta-feira, 13. Pela manhã, os postos de vacinação atenderam mulheres de 24 anos e, à tarde, é a vez dos homens da mesma idade. No sábado, 14, serão imunizadas as pessoas com 23 anos, no mesmo esquema de horários. A retomada da vacinação foi possível graças ao recebimento de 92.120 doses de vacinas da Coronavac e 58.512 unidades da Pfizer. A segunda dose e a repescagem para pessoas com mais de 45 anos, gestantes, lactantes e puérperas com bebês até 45 dias permanecem, mas essa lacuna prejudicou o esquema de vacinação da capital fluminense.
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O calendário para a próxima semana ainda não foi divulgado pela prefeitura do Rio porque depende do recebimento de mais vacinas do Ministério da Saúde. Espera-se que os imunizantes cheguem até domingo 15. O prefeito Eduardo Paes voltou a pedir mais doses das vacinas ao Ministério da Saúde pelo twitter na quinta-feira 12, já que o governo federal teria em estoque 11 milhões de doses.
Não é a primeira vez que o calendário de imunização do Rio é prejudicado pelas lacunas de envio do Ministério da Saúde. No sábado 7, os pontos de vacinação abriram com atraso por conta das vacinas, previstas para chegar na quinta-feira 5, só desembarcarem na capital fluminense na noite de sexta-feira 6.
Com o avanço da variante delta, a cidade do Rio registrou 91% de ocupação nas UTIs e 57 pessoas na fila para internação. Segundo uma pesquisa da prefeitura, 95% dos doentes internados não tomaram nem a primeira dose. O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, havia prometido aumentar os repasses das vacinas ao Rio em 5%, o que ainda não aconteceu. Eduardo Paes também chegou a fazer um apelo ao governador de São Paulo, João Doria, para o envio de doses da Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantan, sem passar pelo Ministério da Saúde. Doria respondeu dizendo que a demora era do repasse aos estados brasileiros e que São Paulo também enfrenta a falta de imunizantes, mesmo comprando doses extras da Coronavac.