O cachorro de estimação da enfermeira Teresa Romero, infectada pelo ebola em um hospital de Madri, foi sacrificado nesta quarta-feira. Autoridades da Espanha haviam anunciado ontem que o animal seria submetido à eutanásia porque evidências científicas sugerem, embora não comprovem, que existe um risco de cães transmitirem o vírus da doença a seres humanos.
A enfermeira fez parte da equipe que tratou de dois pacientes come bola no Hospital Carlos III, em Madri – ambos morreram. Ela saiu de férias no dia 26 de setembro, começou a se sentir mal no dia 30 e procurou o hospital apenas nesta segunda-feira, quando o diagnóstico da doença foi confirmado.
Como Teresa passou seis dias com sintomas do ebola e sem isolamento, existe um risco de ela ter exposto ao vírus outras pessoas, além do cachorro Excalibur, de 12 anos. O marido da enfermeira, Javier Limón, está em quarentena, mas até agora não apresentou sinais da infecção.
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A decisão de sacrificar Excalibur revoltou Limón, organizações protetoras dos animais e milhares de pessoas nas redes sociais. O marido de Teresa chegou a publicar em seu Facebook uma fotografia do cão com uma mensagem questionando as autoridades. “Acho que podemos encontrar uma solução alternativa, como colocar o cão em quarentena e observá-lo, assim como estão fazendo comigo. Ou eles deveriam me sacrificar também?”, escreveu.
Uma petição online contra a morte do cachorro recolheu 360 000 assinaturas. Além disso, pessoas contrárias à medida têm usado a hashtag #SalvemosAExcalibus para divulgar a causa nas redes sociais.