Um estudo revelou que as “calculadoras de risco”, modelos utilizados para prever a probabilidade de uma pessoa sofrer um infarto, fazem previsões superestimadas. A pesquisa, realizada pela Universidade Johns Hopkins e outras instituições, foi publicada nesta terça-feira no periódico Annals of Internal Medicine.
Esses sistemas usam fatores como idade, etnia, sexo, tabagismo, taxa de colesterol e pressão arterial para calcular o risco de um indivíduo ter um ataque cardíaco. Com base no resultado, médicos prescrevem remédios e exames específicos para o paciente. De acordo com a nova pesquisa, no entanto, quatro das cinco calculadoras mais utilizadas exageram nas estimativas. Os excessos são problemáticos, sobretudo, para pessoas que têm baixo risco de eventos cardiovasculares, porque passam a tomar remédios e fazer exames desnecessários.
Os pesquisadores compararam as estimativas feitas pelas calculadoras com a real incidência de derrame e infarto entre 4 200 homens e mulheres de 50 a 74 anos, acompanhados por uma década. Os voluntários não tinham histórico de doenças cardiovasculares nem manifestavam sintomas dessas doenças no início do estudo.
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