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Anvisa publica novas regras para venda de antibióticos

Remédios passarão a ser vendidos apenas com a retenção da receita médica

Por Da Redação
28 out 2010, 08h56
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  • Prescrição deverá estar escrita em letra legível e sem rasuras, e conter todos os dados do medicamento, do paciente e do médico

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    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) oficializou as novas regras que regulamentam a venda de antibióticos em farmácias de todo o Brasil. Segundo as mudanças, publicadas nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, a partir de 28 de novembro, esses medicamentos deverão ser vendidos apenas com receita médica e uma das vias ficará obrigatoriamente retida no estabelecimento – a outra, devidamente carimbada pela farmácia, fica com o paciente como comprovante do atendimento.

    As prescrições médicas terão validade de dez dias, devem estar escritas em letra legível e sem rasuras e conter nome do remédio ou da substância, dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade, posologia, dados completos do paciente, além de nome, registro profissional e endereço completo com telefone do médico, que deve assinar o documento. Todas as receitas deverão, ainda, ser escrituradas, ou seja, ter suas movimentações registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema é de 180 dias. Com a nova regulamentação, as embalagens e bulas dos medicamentos deverão mudar e incluir a frase: “Venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da receita”. As farmácias e drogarias poderão vender os antibióticos que estejam em embalagens sem as novas regras desde que fabricados até o final dos 180 dias determinados. As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas (confira a lista completa aqui), o que corresponde a todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que tem uso restrito a ambiente hospitalar. Vídeo: Especialista tira dúvidas sobre a superbactéria Superbactéria – As novas decisões da Anvisa acontecem pouco tempo depois dos surtos da superbactéria KPC (Klebsiella Produtora de Carbapenemase), que é resistente a praticamente todos os antibióticos existentes. Só no Distrito Federal, região mais afetada, foram registrados 183 casos e 18 mortes. Há casos confirmados também nos estados de Espírito Santo (3), Santa Catarina (3), Goiás (4), Minas Gerais (12), Paraná (24, com uma morte). A KPC é uma mutação genética responsável por tornar a bactéria resistente aos principais grupos de antibióticos utilizados no tratamento de pacientes debilitados, por isso, ela é conhecida como multirresistente. Em geral, o corpo humano é habitado por milhares de bactérias, que nem sempre fazem mal à saúde. O uso indevido de antibióticos é responsável pelo fortalecimento e pela mutação de algumas dessas bactérias, que se tornam imunes aos remédios. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo são inadequadas. Só no Brasil, o comércio de antibióticos movimentou, em 2009, cerca de 1,6 bilhão de reais, segundo relatório do instituto IMS Health. A população pode informar a Anvisa sobre estabelecimentos que não estejam cumprindo as novas regras. O contato pode ser feito pelo telefone 0800-6429782 ou no site da Agência.

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