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Anvisa aprova terapia inédita para câncer de bexiga

Terapia-alvo oral é a nova opção de tratamento para casos avançados ou metastáticos com uma alteração no gene FGFR

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 out 2019, 19h20 - Publicado em 2 out 2019, 18h29
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  • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na segunda-feira a primeira terapia-alvo para tratamento de câncer de bexiga. O medicamento é indicado para pacientes com tumor metastático e alterações no gene do FGFR (enzimas envolvidas em diversas funções vitais). Esse tipo da doença geralmente é pouco tratável e não responde à quimioterapia ou imunoterapia. Estima-se que um em cada cinco pacientes com metástase tem uma alteração de FGFR.

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    O erdafitinibe inibe o receptor do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR, sigla em inglês), enzimas envolvidas em diversas funções vitais para o funcionamento e a proliferação celular. Entretanto, quando esses receptores sofrem alterações genéticas, aceleram o crescimento e a sobrevivência do tumor. Essas alterações podem ser detectadas por meio de testes de biomarcadores, utilizados para auxiliar o médico a determinar qual a melhor estratégia de tratamento para cada paciente.

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    Desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, o medicamento é uma terapia oral que deve ser administrada uma vez ao dia. Por seu caráter inovador, o tratamento recebeu caráter de análise acelerada pela FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, e foi aprovado em abril. O Brasil é o segundo país a aprovar o erdafitinibe.

    A expectativa de vida dos pacientes com câncer de bexiga localmente avançado é de 35% em cinco anos, segundo estudos. Caso a enfermidade evolua para a fase metastática – quando se espalha para outros órgãos – esse número cai para 5%. Os estudos clínicos feitos mostraram que 40,4% dos pacientes apresentaram redução do tumor e 79,8% mantiveram o tumor estável, sem evolução da doença, incluindo aqueles que não haviam respondido à imunoterapia.

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    Os efeitos colaterais incluem distúrbios oculares, hiperfosfatemia (transtorno de eletrólito no qual há um nível anormalmente elevado de fosfato no sangue) e toxicidade embrionária fetal.

    A aprovação do preço ainda depende da aprovação da CMED. Nos Estados Unidos, o valor médio para 28 dias de tratamento é 18.400 dólares, aproximadamente 76.000 reais. de  A expectativa é que o medicamento esteja disponível no país em três meses.

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    Câncer de bexiga

    O câncer de bexiga é uma das neoplasias mais comuns do trato urinário e o nono tipo mais incidente, em nível mundial, com aproximadamente 550.000 novos casos ao ano. No Brasil, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de 9.480 novos casos em 2018, sendo 6.690 em homens e 2.790 em mulheres

    É considerado um dos tumores mais comuns do sistema urinário, ocupando a sexta posição dos tumores mais incidentes em homens, em seguida aos de pulmão, próstata e colorretal e é o 19º mais frequente nas mulheres. Os sintomas incluem sangue na urina (presente em 90% dos casos), dor ao urinar e necessidade frequente de urinar, sem conseguir fazê-lo.

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    Os fatores de risco são idade e raça (homens brancos e de idade avançada são o grupo com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer), tabagismo e exposição a compostos químicos. O diagnóstico pode ser feito por exames de urina e de imagem, como tomografia computadorizada e citoscopia (investigação interna da bexiga por um instrumento dotado de câmera).

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    O tratamento vai depender do grau de evolução da doença e pode ser cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e, agora, terapia-alvo.

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