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Anvisa aprova tecnologia que diminui tempo para procedimento de arritmia

Dispositivo reduz ablação de 3 horas para 30 minutos e surge como nova possibilidade de tratamento da doença cardíaca

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 abr 2024, 18h08 - Publicado em 16 abr 2024, 17h59

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira, 15, uma nova tecnologia capaz de reduzir em mais de 2 horas o tempo dos procedimentos de tratamento de fibrilação atrial, tipo mais comum de arritmia cardíaca, que atinge 2 a 4% da população mundial.

Trata-se do FARAPULSE™, aparelho que atua por meio de um sistema denominado “Ablação por Campo Pulsado” (Pulsed Field Ablation – PFA), em que impulsos elétricos de curta duração isolam as veias pulmonares e destroem somente as células responsáveis pela arritmia, evitando danos às áreas externas ao coração e próximas a ele, como a parede do esôfago, já que não aplica temperaturas extremas como  o processo de ablação tradicional.

“A aprovação do FARAPULSE™ é um marco importante para ajudar milhões de pessoas que são acometidas pela fibrilação atrial no Brasil, além de ser uma oportunidade incrível de trazer o primeiro sistema PFA projetado e construído exclusivamente para esse tipo de terapia de ablação”, diz Kalyne Terumi Chagas, diretora da área de Ritmo Cardíaco na Boston Scientific Brasil, empresa de soluções médicas, responsável pelo dispositivo no país.

No Brasil, cerca de 1,47 milhão de pessoas são afetadas por fibrilação atrial (FA) paroxística por ano, sendo 70% delas sintomáticas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O novo aparelho promete reduzir o tempo do procedimento de 3 horas para aproximadamente 30 minutos, tratamento importante para a fibrilação atrial, que se não tratada no estágio inicial, pode desenvolver uma condição persistente e permanente, gerando uma sobrecarga no coração e, consequentemente, uma insuficiência cardíaca. Além disso, a doença estimula a formação de coágulos que podem causar um infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC).

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Boa alternativa terapêutica

Desenvolvida nos Estados Unidos, a tecnologia foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora do país, em janeiro deste ano. O procedimento é uma alternativa terapêutica mais eficiente e menos invasiva em relação a ablação térmica tradicional, uma vez que, em alguns casos, o processo por indução de calor pode causar danos ao esôfago ou ao nervo frênico, localizado no pescoço e que passa por coração e pulmão até chegar ao diafragma.

A tecnologia também já está aprovada em 24 países da Europa, como Alemanha, Espanha e Portugal. Na América Latina está disponível no Chile. Globalmente, mais de 40 mil pacientes tratados com o FARAPULSE™ tiveram sucesso.

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“Os estudos realizados nos Estados Unidos comprovaram que o FARAPULSE™ foi uma opção segura e eficaz para o tratamento da doença cardíaca. Por isso, temos convicção que ele poderá, em larga escala, ajudar a diversas pessoas com o tratamento”, afirma Eduardo Verges, vice-presidente e gerente geral da Boston Scientific Brasil. “Queremos que a tecnologia chegue às pessoas e que elas possam se beneficiar do uso e tenham uma vida mais saudável e feliz.”

Consulta médica é necessária

Vale ressaltar, no entanto, que o aparelho não dá diagnóstico clínico e não substitui a avaliação de um médico. A lei também restringe a venda desses dispositivos mesmo que por indicação de profissionais da saúde, sendo claro que as contraindicações, avisos e instruções encontrados nos rótulos de cada dispositivo são apenas para propósitos educacionais.

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