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Diabetes tipo 2: maioria dos casos é reversível, diz estudo

Pesquisa sugere que a perda de peso até atingir um IMC limite, que varia de pessoa para pessoa, pode combater a doença

Por Da Redação Atualizado em 1 set 2020, 11h03 - Publicado em 31 ago 2020, 18h09
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  • Um estudo feito pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, concluiu que o índice de massa corporal (IMC) tem maior influencia no risco de diabetes tipo 2 do que a predisposição genética. A boa notícia é que isso significa que a condição pode ser revertida ao reduzir drasticamente a quantidade de calorias ingerida, de acordo com os pesquisadores.

    Cada pessoa tem um IMC limite. Caso ele seja ultrapassado, níveis anormais de açúcar no sangue são disparados, o que aumenta a probabilidade de desenvolver a doença. O IMC é calculado a partir da altura e do peso. Portanto, o limiar de peso necessário para a classificação nas categorias “saudável”, “sobrepeso” ou “obesidade” irá variar em cada indivíduo.

    A regra define que pessoas com IMC de 25 a 29,9 estão acima do peso e aquelas com IMC acima de 30 são obesas. Mas enquanto um homem de 1,82 metro seria considerado saudável se pesasse 82 kg, uma mulher de 1,64 metro de altura com o mesmo peso, seria considerada obesa.

    LEIA TAMBÉM: Estudo revela os altos e baixos do diabetes no dia a dia

    Os pesquisadores ainda não conseguiram definir qual é o número de IMC que aumenta o risco de diabetes, mas eles concluíram que aqueles considerados obesos graves, o que equivale a um IMC a partir de 35, tinham um risco 11 vezes maior de diabetes do que pessoas com IMC dentro do limiar considerado saudável, de aproximadamente 21,7. A associação permaneceu mesmo após serem consideradas predisposições genéticas para a doença.

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    Eles chegaram a essa conclusão após analisar o risco hereditário de 445.765 pessoas que tinham seus dados no Biobank do Reino Unido. As pessoas analisadas tinham, em média, 57 anos e foram acompanhadas até os 65 anos. Pouco mais da metade eram mulheres. Durante esse período, 7% desenvolveram diabetes tipo 2.

    “As descobertas indicam que o IMC é um fator de risco muito mais poderoso para o diabetes do que a predisposição genética”, disse Brian Ference, pesquisador principal, durante o Congresso anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC).

    Segundo Ference, até o final deste ano ou início do próximo, a equipe pode fazer um grande avanço ao descobrir como estimar qual é IMC limite de cada indivíduo com diabetes. Dessa forma, essas pessoas poderiam reverter a doença ao reduzir o peso até abaixo deste limite.

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    Para a British Heart Foundation (BHF), a descoberta destaca a necessidade de medir regularmente o IMC e monitorar os níveis de açúcar no sangue de pessoas de alto risco, segundo informações do Daily Mail.

    “Podemos reverter a maioria dos casos de diabetes se reduzirmos o IMC de alguém agressivamente abaixo de seu IMC limite logo depois do desenvolvimento da doença. Se você está acima do peso, fazer pequenas mudanças de longo prazo em seu estilo de vida, como reduzir o tamanho das porções e ser mais ativo fisicamente, pode ajudar a reduzir seu IMC”, disse Jeremy Pearson, diretor médico associado da organização ao Daily Mail.

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