A estratégia de SP para acelerar o aval da CoronaVac na Anvisa
O governo anunciou planos de iniciar a imunização em 25 de janeiro; prazo só sera cumprido com a autorização da agência
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 7, o governo do Estado de São Paulo anunciou que fará dois pedidos de liberação da CoronaVac — vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac Life Science em parceria com o Instituto Butantan. Trata-se do pedido de registro comum e do pedido de autorização emergencial, estabelecido pela agência recentemente.
A rapidez na autorização é fundamental para que iniciem-se as vacinações no dia 25 de janeiro de 2021, como prometeu Doria nesta segunda.
De acordo com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, o centro de imunizantes pedirá a liberação do fármaco por meio dos dois procedimentos. “Esperamos que haja rapidez na avaliação”, disse. “Nós daremos todos os elementos para a nossa Anvisa para ela se pronunciar o mais rapidamente possível”, disse.
O protocolo de autorização emergencial prevê vacinação de um grupo prioritário, de forma gratuita, com rígido controle da agência que poderá suspender o aval a qualquer tempo, obrigando o laboratório a recolher as doses de imediato, caso ocorra qualquer episódio grave. Ainda não se sabe, no entanto, quanto tempo se dará essa avaliação do pedido emergencial. É sabido que o registro oficial — que permite vacinação em massa — tem prazo máximo de avaliação em até sessenta dias, mas técnicos ligados à pasta já afirmaram a intenção de dar seu aval aos imunizantes em até 30 dias (ou reprová-los, claro).
Doria não disse em qual data os pedidos serão protocolados na agência de controle de saúde. A eficácia do medicamento, conforme previamente anunciado, deve sair até dia 15 deste mês.