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Um presente para as crianças

Que tal em 2018 deixarmos menos brinquedos ao alcance delas?

Por Rosely Sayão
Atualizado em 31 jan 2018, 15h12 - Publicado em 29 dez 2017, 06h00

Presentes, reuniões familiares, comilança e votos. Esses acontecimentos costumam marcar as festividades de todo fim de ano para a maioria das pessoas. Mas nem tudo é um mar de rosas, não é? Muitos presentes ganhos não são valorizados, há conflitos diversos nas reuniões familiares, a alimentação exagerada e malcuidada se estende pelo ano e boa parte dos votos logo é esquecida. E, como tudo isso afeta os mais novos, principalmente as crianças, é preciso pensar a respeito.

A criançada adora receber os presentes, embora não os desfrute por muito tempo. É que, como temos sido fiéis ao valor social do consumo exagerado, enchemos tanto as crianças de brinquedos que elas mal conseguem se dedicar a um deles por um espaço maior de tempo. E isso significa que elas pouco brincam. Que tal, neste novo ano, deixarmos menos brinquedos ao acesso livre delas — podemos guardar alguns e trocá-los de vez em quando — para que elas possam aprender, brincando, a se comprometer com as brincadeiras que inventam? Ao lado dessa atitude, precisamos oferecer aos mais novos dois presentes preciosos: tempo e espaço livres. Assim eles poderão, de fato, brincar.

Ah! Podemos, também, ensinar às crianças como valorizar mais os presentes. O primeiro valor a ser ensinado é que presentear é um ato amoroso e, portanto, mais importante que o presente em si. E deixar para presentear em datas especiais também contribui muito para que os presentes não sejam banalizados, como já o são por muitas crianças.

Encontros familiares são ótima oportunidade para que os mais novos conheçam com mais intimidade as suas origens. Ser testemunha de conflitos que são tratados de modo civilizado colabora para que a criança aprenda que as diferenças não precisam destruir os relacionamentos afetivos. Mas o grupo familiar pouco tem se reunido na atualidade. Podemos oferecer mais essas oportunidades para que os pequenos aprendam que amamos os parentes não pelas suas qualidades, mas apesar de seus defeitos, e que a família é uma panelinha que nos acompanha a vida toda.

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Os comes e bebes familiares ajudam a construir a memória afetiva. Entretanto, a alimentação anônima — industrializada, de lanchonetes e de restaurantes — tem ocupado lugar cada vez maior na vida das crianças, o que as priva dessa memória. Cozinhar para os mais novos é um ato amoroso, tanto quanto presentear. Que tal dar esse presente a eles com maior frequência?

Finalmente, os votos. Vamos desejar — e construir — um ano melhor para as crianças? Tentar ser pais melhores a cada novo dia. Erraremos sempre com elas, mas devemos tentar não cometer os mesmos erros. Ter mais empatia com os filhos é sempre bom. Assim, antes de dar uma bronca ou fazer com que eles arquem com alguma consequência, é interessante trazer o lugar deles para dentro de nós, para entendermos melhor seu comportamento. E que venha o novo ano, para torná-lo um ano realmente novo. Saúde, amorosidade e paz para todos!

Publicado em VEJA de 3 de janeiro de 2018, edição nº 2563

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