– Suspensão de pagamento ao BNDES
O governo Maduro deixou de pagar 432 milhões de reais do crédito que contratou com o BNDES para financiar serviços prestados por empresas brasileiras na Venezuela. O país atrasou o primeiro pagamento ao Brasil em setembro de 2017, regularizou a situação em janeiro deste ano e, desde então, não pagou mais nada.
– Calote nos bancos privados
Instituições privadas nacionais também deram crédito para financiar obras de infraestrutura feitas por empreiteiras brasileiras na Venezuela e não foram pagas em 2018. O calote nesses bancos soma 474 milhões de reais. O valor foi contratado com o seguro do Fundo de Garantia à Exportações (FGE), o que significa que não haverá prejuízo aos bancos, e sim ao fundo, que é custeado pelo Tesouro.
– Congelamento dos ganhos da Gol e da Latam
As empresas aéreas tinham rotas para Caracas até o primeiro semestre de 2016. Deixaram de operar depois que o governo Maduro impediu todas as companhias aéreas de transferir dinheiro da Venezuela para a respectiva matriz. Quase 4 bilhões de dólares de empresas do setor estão parados nos bancos do país.
– Descumprimento do acordo com a Petrobras
Em 2005, Lula e Hugo Chávez firmaram um acordo para a construção da Refinaria Abreu e Lima em que 60% do negócio seria custeado pela Petrobras e 40% ficariam a cargo da petroleira venezuelana, a PDVSA. A obra teve início e a Venezuela jamais pagou um bolívar pelo investimento. A Petrobras passou quase dez anos cobrando a dívida, até que desistiu. O custo da Abreu e Lima ultrapassa 20 bilhões de dólares.
Publicado em VEJA de 28 de março de 2018, edição nº 2575