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Musa em cana

Filha de classe média alta, advogada e ex-repórter do programa 'SuperPop', Luana Don é presa por suspeita de envolvimento com o PCC

Por Ricardo Bunduky
Atualizado em 8 jul 2017, 06h00 - Publicado em 8 jul 2017, 06h00
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  • Quando, por volta de 2009, ela advogava para uma empresa de engenharia de Alphaville, em São Paulo, era a “doutora Luana”. Entre 2012 e 2015, contratada pelo SuperPop, da RedeTV!, virou “Luana Don”, a “repórter” sexy e cheia de curvas do programa comandado por Luciana Gimenez. Não se sabe exatamente desde quando, porém, Luana de Almeida Domingos, de 32 anos, assumiu uma nova identidade: “Carla”, o codinome que, segundo a polícia, ela usava na qualidade de integrante do núcleo de advogados que presta serviços à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

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    Paulistana de classe média alta, filha de um arquiteto e de uma dentista e formada em direito pela Faap, Luana era procurada pela polícia desde o ano passado, quando teve sua prisão preventiva decretada na Operação Ethos. Passou oito meses foragida, até ser presa na terça-feira — escondida na casa de um tio, em Ilhabela, no litoral de São Paulo.

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    (//Divulgação)

    A Operação Ethos desarticulou essa célula, que, além de dar assessoria jurídica à facção, era encarregada de pagar propina a agentes públicos, dar assistência a familiares de detentos e circular em presídios para transmitir mensagens dos líderes presos — dessas práticas Luana não é acusada.  Ela teria prestado serviços aos criminosos do PCC no fórum, não nas penitenciárias, sob o comando da também advogada Marcela Antunes Fortuna, presa em maio no Paraguai depois de participar de um espetacular assalto à transportadora de valores Prosegur. O núcleo de 39 advogados do PCC do qual Luana fazia parte, segundo a polícia, era conhecido internamente como “célula R” ou “sintonia dos gravatas”. De acordo com o promotor Lincoln Gakiya, cada advogado recebia em média 10 000 reais por mês.

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    A defesa de Luana alega que ela “nunca pisou num presídio” e que não sabia que estava advogando para uma organização criminosa. Até provar sua inocência, a “doutora Luana” ou “Luana Don” ou “Carla” será apenas um número — o número que a identifica entre as presas da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, onde está desde a quinta-fei­ra passada.

    Publicado em VEJA de 12 de julho de 2017, edição nº 2538

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