MORRERAM
John Young, astronauta americano, o nono dos doze homens que pisaram na Lua. Nasceu em São Francisco, na Califórnia, mas cresceu na Flórida. Na juventude, mudou-se para Atlanta, a fim de estudar engenharia aeronáutica. Foi piloto da Marinha e, em 1961, quando o presidente americano John Kennedy (1917-1963) anunciou os planos de desembarque na Lua, interessou-se pelo desafio. Ingressou na Nasa e, em 1962, foi um dos nove pilotos selecionados para o Gemini, o programa antecessor das missões Apollo, que levaram o ser humano a pousar em solo lunar. Em 1972, como integrante da tripulação da Apollo 16, Young finalmente pôs os pés no satélite natural da Terra. Onze anos mais tarde, em 1983, comandou a primeira empreitada de ônibus espaciais. Assim, tornou-se o único astronauta a ter voado nos três mais simbólicos projetos da Nasa: o Gemini, o Apollo e o dos ônibus. Aposentou-se em dezembro de 2004. Dia 5, aos 87 anos, de pneumonia, em Houston.
France Gall, cantora parisiense. Alcançou notoriedade aos 16 anos, com músicas direcionadas ao público adolescente. Ao longo da carreira, aprimorou seu estilo, conquistando a audiência mais madura e o gosto da crítica. Seu apreço pela arte surgiu em casa: a mãe, Cécile Berthier, vinha de uma família de coristas, e o pai, Robert Gall, era compositor. Foi ele quem a ajudou nas primeiras gravações. Sucessos da década de 60 ganharam fama em sua voz, como a polêmica Les Sucettes (1966) — Os Pirulitos —, que alude ao sexo oral. Depois de passar uma temporada na Alemanha, longe dos palcos, em 1974 ela retornou à França, e às paradas, com La Déclaration d’Amour, composta pelo marido, Michel Berger (1947-1992). Com ele emplacou outros projetos, a exemplo da peça musical Starmania (1978). Em 1993, descobriu um câncer de mama e, desde então, dedicava-se ao tratamento. Dia 7, aos 70 anos, de complicações da doença, em Paris.
Jerry van Dyke, comediante americano. Ficou conhecido por seu papel na série de TV Coach (1989-1997). Nascido em Danville, em Illinois, era o irmão caçula do ator Dick van Dyke, que esteve em filmes marcantes como Mary Poppins (1964). Seguindo os passos dele, estreou na televisão na série G.E. True, em 1962, e, no mesmo ano, participou do programa The Dick van Dyke Show. Pelo trabalho em Coach, recebeu quatro indicações ao prêmio Emmy de melhor ator coadjuvante. Em 2015, sofreu um acidente de carro que deixou sua saúde fragilizada. Dia 5, aos 86 anos, no Arkansas.
Publicado em VEJA de 17 de janeiro de 2018, edição nº 2565