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A canonização de irmã Dulce, a primeira santa nascida no Brasil

A inspiradora trajetória da baiana Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes pode significar um atalho de recuperação da Igreja

Por Adriana Dias Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 dez 2019, 14h52 - Publicado em 27 dez 2019, 06h00

Uma cerimônia realizada no Vaticano no dia 13 de outubro consagrou a baiana Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a irmã Dulce (1914-1992), como a primeira santa nascida no Brasil. A ela foram atribuídos dois milagres — ao rogarem por sua intercessão, uma dona de casa teria conseguido se livrar de uma violenta hemorragia pós­-parto e um homem voltado a enxergar. Miúda e de saúde frágil — media 1,48 metro e no fim da vida pesava 30 quilos —, a futura santa começou a chamar atenção por acolher mendigos e doentes em sua casa. Quando entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, de Salvador, levou tal postura ao extremo — ela invadia imóveis desocupados para abrigar os necessitados e chegou a usar o galinheiro do convento em que morava para alojá-los.

A canonização do “anjo bom da Bahia” foi a terceira mais rápida da história: ocorreu apenas 27 anos depois de sua morte. À frente dela estão a santificação de João Paulo II (nove anos após o falecimento do “papa viajante” polonês) e a de Madre Teresa de Calcutá (dezenove anos depois da morte da religiosa albanesa). O gesto revelou coerência do pontificado de Francisco. Assim como a brasileira, os outros quatro nomes canonizados no mesmo dia — a freira italiana Giuseppina Vannini, a indiana Mariam Thresia, a suíça Marguerite Bays e o inglês John Henry Newman, sacerdote anglicano convertido ao catolicismo — tiveram constante contato com os humildes. O papa argentino é o que mais fez santos: 898 em apenas seis anos de pontificado, em que pese uma canonização coletiva de 813 pessoas no terceiro mês de seu mandato.

A inspiradora trajetória da Santa Dulce dos Pobres pode significar um atalho de recuperação da Igreja. Com 123 milhões de fiéis, o Brasil ainda é a maior nação católica do planeta. Mas em no máximo trinta anos católicos e evangélicos poderão estar empatados em tamanho na população. Em 1970, 92% dos brasileiros eram católicos; hoje, 64%. Quem mais cresce são os evangélicos: já chegam a 22%.

Publicado em VEJA de 1º de janeiro de 2020, edição nº 2667

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