O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou, na manhã desta terça-feira, 23, em entrevista à Rádio Guaiba de Porto Alegre, que se as urnas confirmarem seu favoritismo neste domingo, 28, e ele vencer as eleições, vai pegar um “país destroçado, principalmente do ponto de vista econômico”. E culpou as gestões do PT por esse cenário.
Na sua avaliação, não é apenas o Executivo Federal que sofre os reflexos da má gestão petista, mas também os estados, que no seu entender receberão igualmente “a herança maldita do PT”. Bolsonaro acrescentou que a estratégia de sua campanha é não empenhar apoio neste segundo turno a candidaturas aos governos estaduais. “Manterei a neutralidade”, disse.
Além do PT, o candidato criticou o PSDB, lembrando que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que não votaria em sua candidatura. “O PSDB e o PT são semelhantes, e eu sou a oposição a tudo isso”, emendou, dizendo que é esse o motivo de estar na liderança da preferência do eleitorado do país.
Bolsonaro falou também do episódio envolvendo seu filho, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro, que afirmou que para fechar o STF bastava “um soldado e um cabo”, dizendo que já o repreendeu e voltou suas críticas ao partido de Haddad, mencionando que seu programa de governo prevê o controle da Justiça.
Na entrevista, o candidato do PSL desmentiu a notícia de que sua campanha está fazendo uso de pacotes de mensagens do WhatsApp contra o adversário do PT, disse que é “fake news” a informação de que pretende cobrar mensalidade de universidades públicas e voltou a justificar a ausência nos debates em razão de seu estado de saúde.
(Com Estadão Conteúdo)