(Atualizado às 21h42)
Sem quórum suficiente, os vereadores de São Paulo não aprovaram a proposta de feriado municipal na próxima segunda-feira (23), data do próximo jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo, às 17h. Para viabilizar o feriado, a Câmara precisa aprovar um projeto e o prefeito Fernando Haddad (PT) sancioná-lo antes da segunda-feira.
Nesta quarta, Haddad teve dificuldade para mobilizar sua base. A ideia era aprovar ainda hoje em plenário um “contrabando” – quando uma medida é inserida no contexto de um projeto totalmente diferente. Porém, Haddad esbarrou na resistência de alguns vereadores governistas, que temem desagradar comerciantes com a mudança de última hora. Uma alternativa avaliada agora pelo prefeito é decretar ponto facultativo, que só é válido para funcionários públicos, ou ainda tentar nova votação na sexta, o que é improvável já que amanhã é o feriado de Corpus Christi.
O objetivo da administração municipal era evitar que a capital paulista registre o mesmo congestionamento registrado na tarde desta terça. A cidade travou horas antes do jogo porque as empresas liberaram os seus funcionários após o horário do almoço. Às 15 horas, foram registrados 302 quilômetros de engarrafamentos nas vias monitoradas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), índice bem acima da média para o horário – 52 Km – e um dos maiores do ano.
Na próxima segunda-feira, além do jogo da seleção brasileira, Holanda e Chile se enfrentam no estádio do Itaquerão, às 13 horas, na Zona Leste de São Paulo, o que pode complicar ainda mais o trânsito na capital paulista devido ao isolamento da área e mudanças de rotas.
Rodízio estendido – Diante do impasse na Câmara, a prefeitura anunciou, na noite desta quarta-feira, medidas para evitar novo nó no trânsito paulistano. A principal sugestão é estender o rodízio municipal das 7 horas às 20 horas para veículos com placas final 1 e 2 – normalmente os veículos podem circular entre 10 horas e 17 horas. Além disso, será ampliado para o dia inteiro o horário de funcionamento das faixas exclusivas de ônibus. Será decretado também ponto facultativo para todo o funcionalismo público.