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Moro é informado de troca na cúpula da PF

Diretor-geral Maurício Valeixo será substituído

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 abr 2020, 09h32 - Publicado em 23 abr 2020, 14h04
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  • O superintendente da Polícia Federal no Paraná, Mauricio Valeixo, participa de coletiva de imprensa em Curitiba (PR), após ser deflagrada a 3ª fase da Operação Carne Fraca - 05/03/2018
    O Diretor-Geral da Polícia Federal, Mauricio Valeixo (Vagner Rosário/VEJA.com)

    O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, foi informado nesta quinta-feira, 23, que o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, deverá ser substituído. Procurados por VEJA, Moro e Valeixo não quiseram comentar o assunto.

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    Até o momento, o diretor-geral da PF não foi avisado oficialmente sobre a sua saída. A única sinalização que recebeu foi que a de que o presidente Jair Bolsonaro comunicou que ele deverá ser trocado e aguardar mais informações sobre como proceder. A nova ofensiva pela saída do Valeixo do posto máximo da PF coincide com o momento em que há uma aproximação do presidente com alguns políticos do centrão, alvos de investigações dentro da Polícia Federal.

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    Desde o início deste ano, Valeixo vem conversando com Moro sobre a sua saída. A avaliação feita pelo diretor-geral da PF é que a sua relação com o presidente Jair Bolsonaro está desgastada. Nos últimos meses, delegados têm sido sondados pelo Palácio do Planalto para o comando da instituição. As informações sobre cada sondagem feita pela equipe de Bolsonaro, no entanto, chegavam a Valeixo, o que ampliava seu desconforto no cargo.

    Esta não é a primeira vez que integrantes do governo se articulam para mudar a cúpula da PF. No ano passado, houve um um movimento de Bolsonaro para enfraquecer Moro, considerado mais popular que o próprio chefe, o ministro da Justiça identificou grupos dentro da própria PF como responsáveis por tentar desgastá-lo junto ao Palácio do Planalto.

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    Um dos casos que deixou clara a disputa na PF foi a inclusão indevida do nome de um homônimo do deputado bolsonarista Hélio Negão em um inquérito sobre fraudes previdenciárias. Em agosto, em uma entrevista no Palácio da Alvorada, o presidente havia afirmado que iria vir a público uma “falsa acusação de uma pessoa importante que está do meu lado”. Àquela altura, ele já havia sido informado da armação contra Negão. Na sequência, o próprio Moro se reuniu reservadamente com Bolsonaro para explicar a guerra de grupos dentro da corporação. Quase três semanas depois das explicações, Bolsonaro disse a Moro que Maurício Valeixo continuaria no cargo, por enquanto.

    Outra reclamação recorrente de Bolsonaro era a de que a Polícia Federal não havia conseguido chegar a um suposto “mandante” do atentado que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. Em setembro, houve outro desgaste político para Valeixo. A PF deflagrou uma operação para investigar o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado. Investigadores fizeram buscas no Congresso, o que causou a revolta de alguns parlamentares, que reclamaram com Moro e Bolsonaro.

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    Maurício Valeixo é um nome de confiança de Moro na Polícia Federal. O delegado foi superintendente da Polícia Federal no Paraná e coordenou a operação de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi também em sua gestão que foi fechada a delação de Antonio Palocci com a PF em Curitiba.

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