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Temer vê Alckmin como ‘seguro’ e prefere Meirelles na Fazenda

Presidente afirma que governador de São Paulo preenche os requisitos que eleitor buscará nas eleições

Por Da Redação 11 jan 2018, 14h37
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  • O presidente Michel Temer (PMDB) diz acreditar que o eleitor brasileiro vai votar na “segurança e na serenidade” em outubro. “As pessoas estão cansadas de tudo isso (a confluência de crises) e vão querer a continuidade, a manutenção do nosso programa de governo que está recuperando a economia e a tranquilidade. Ninguém quer aventura”, disse em conversa no Palácio do Jaburu, residência oficial.

    Temer elogiou o governador Geraldo Alckmin (PSDB), admitiu preferir que o ministro Henrique Meirelles (PSD) continue na Fazenda a disputar a eleição e opinou que o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) “só tem a ganhar” ao se movimentar pela sucessão presidencial.

    Segundo Temer, Alckmin preenche os requisitos de “segurança e serenidade”. Quanto à falta de apoio do governador nos piores momentos do presidente, nas duas denúncias do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, Temer relevou: “Nunca fui rancoroso. Ele (Alckmin) deve ter tido os motivos dele e isso passou”. Ambas as denúncias — uma por corrupção passiva e outra por obstrução da Justiça e organização criminosa — foram barradas pela Câmara no ano passado.

    Ao se dizer “amigo do Geraldo há muitos anos”, ele relatou que tem falado sempre com Alckmin e que ambos tinham até combinado voltar juntos do Fórum de Davos, na Suíça, no dia 25, mas o governador lembrou que é o dia do aniversário de São Paulo e ele não poderia se ausentar da festa.

    Para Temer, é o oposto: é conveniente estar fora do País no dia 24, data em que está marcado o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Ele decidiu ir a Davos entre os dias 22 e 25 porque deve integrar o grupo de chefes de Estado e de governo com direito a discurso no Congress Hall, o auditório principal do fórum, com cerca de 1,5 mil lugares.

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    Reforma

    Para Temer, “a sucessão presidencial só começa a partir de março” e a prioridade é aprovar a reforma da Previdência na Câmara em 19 de fevereiro. Ao ser questionado se já tem os 308 votos necessários, a resposta é de pronto: “Ainda não, mas vamos ter”.

    Segundo ele, há sinais de que deputados antes refratários à proposta começam a se dizer mais flexíveis, por três motivos: a proposta final está enxuta, a população começa a entender a sua necessidade e os candidatos querem se livrar desse debate na campanha.

    Outro argumento para deixar a eleição para março: “O ambiente ainda está muito confuso. Por exemplo: o MDB (seu partido) vai ter candidato? Um candidato próprio ou alguém que migre de outra sigla?” Esse poderia ser o caso de Meirelles, hoje filiado ao PSD. Temer elogiou “a inteligência e a capacidade política” do ministro, mas admitiu: “Ele seria um grande presidente, mas, para mim, é claro que é muito melhor que fique na Fazenda”.

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    Outros dois ministros-chave do governo também não confirmaram se saem ou ficam: Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) e Raul Jungmann (Defesa), que têm boas chances de ficar. Com um sorriso, Temer desmente as versões de que terá dificuldade para substituir os pelo menos 13 ministros que vão se desincompatibilizar para concorrer em outubro: “Todo mundo quer ser ministro!”.

    (com Estadão Conteúdo)

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