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Temer, o impopular: ex-ministros sofrem revés nas urnas

Rejeição ao governo Temer respingou em seus antigos auxiliares; onze ficaram sem mandato

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 out 2018, 15h43 - Publicado em 8 out 2018, 09h12

Assumir o alto escalão do governo costuma ser um bom negócio eleitoral – mas não se o governo for o de Michel Temer, o presidente mais rejeitado da história do país. Dos dezoito ex-ministros que se candidataram neste ano, onze sofreram uma dura derrota nas urnas – e, entre os vitoriosos, 85% se elegeram para deputado federal, uma disputa considerada mais fácil por causa da maior quantidade de vagas. O resultado surpreende porque ministros tendem a favorecer seus estados com direcionamentos estratégicos de verbas, além de assumirem postos de constante destaque.

O caso mais emblemático é o de Henrique Meirelles, ministro da Fazenda até abril deste ano. Depois de investir 54 milhões de reais do próprio bolso na campanha, o emedebista acabou em sétimo lugar na disputa pela Presidência da República, recebendo apenas 1,2% dos votos válidos. Meirelles foi um dos principais articuladores da Reforma da Previdência, uma das pautas mais impopulares da gestão de Temer.

Os pernambucanos Bruno Araújo (PSDB), ex-ministro das Cidades e responsável pelo voto que sacramentou o impeachment de Dilma Rousseff, e Mendonça Filho (DEM), ex-ministro da Educação, ficaram de fora do Senado – para as duas vagas, foram eleitos Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB). Também perderam a chance de ocupar uma das 81 cadeiras de senador o ex-ministro dos Transportes Maurício Quintella Lessa, do PR de Alagoas, e o ex-ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, do PV do Maranhão. Outra derrota notória foi a de Romero Jucá, ex-líder do governo e que teve uma breve passagem no Ministério do Planejamento. O candidato à reeleição ao Senado deixou a pasta após o célebre áudio em que defendia um pacto para “estancar a sangria” da Lava-Jato tornar-se público.

Leonardo Picciani (MDB-RJ), ex-ministro do Esporte, Osmar Serraglio (PP-PR), ex-ministro da Justiça, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), ex-ministro da Secretaria de Governo, Ronaldo Nogueira, ex-ministro do Trabalho, e Roberto Freire (PPS-SP), que deixou o Ministério da Cultura após a divulgação dos áudios envolvendo a JBS e Michel Temer, não se elegeram para a Câmara Federal. Já Marcelo Calero, antecessor de Freire na Cultura que saiu do cargo denunciando sofrer pressão por parte do então ministro Geddel Vieira Lima, foi eleito deputado pelo Rio de Janeiro.

Ponto fora da curva, o ex-ministro de Integração Nacional Helder Barbalho foi para o segundo turno na disputa pelo governo do Pará. Ao longo da campanha, porém, ele sequer fez menção ao candidato de seu partido, Henrique Meirelles, em seus santinhos. A coligação de Helder Barbalho conta com o PSL, partido de Jair Bolsonaro. Da mesma forma, Marx Beltrão, ex-ministro do Turismo, garantiu a cadeira na Câmara dos Deputados.

Em Alagoas, ele aliou-se ao senador Renan Calheiros, um crítico ferrenho de Michel Temer, embora pertençam ao mesmo partido. Também saíram bem-sucedidos o ex-ministro de Minas e Energia Fernando Coelho, o ex-ministro do Desenvolvimento Social Osmar Terra, o ex-ministro da Saúde Ricardo Barros e o ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços Marcos Pereira – todos eleitos para o cargo de deputado federal.

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