Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Temer convoca conselhos nacionais para discutir intervenção no RJ

À espera de votação do Congresso sobre decreto, presidente cumpre formalidade e ouvirá colegiados, formados por lideranças políticas e comandantes militares

Por Da Redação
Atualizado em 19 fev 2018, 15h40 - Publicado em 19 fev 2018, 08h42
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente Michel Temer (MDB) decidiu convocar os conselhos da República e de Defesa Nacional para discutir o decreto que estabeleceu a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, em reunião que será realizada a partir das 10 horas desta segunda-feira. A Constituição determina que os órgãos devam se manifestar sobre casos de intervenção, estado de sítio e de defesa.

    Publicidade

    Temer não é obrigado a seguir a decisão dos grupos, formados majoritariamente por aliados próximos. Ele vai cumprir, portanto, uma formalidade ao promover o encontro. O movimento do presidente visa a dar mais segurança jurídica ao decreto, uma vez que juristas divergiram sobre a necessidade, ou não, de que as sessões tivessem sido feitas antes do anúncio oficial da intervenção.

    Publicidade

    Apesar de terem se apressado para agendar a reunião depois das críticas, aliados de Michel Temer argumentam que o texto constitucional não especifica exatamente em qual estágio os órgãos devam ser ouvidos. “Não é obrigatória a consulta prévia [aos conselhos]. É obrigado que, enquanto não se aprova no Congresso, ele [o presidente] tenha de dar conhecimento ao conselho”, disse o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

    Eunício será um dos participantes da reunião conjunta entre o Conselho da República e o de Defesa Nacional. O primeiro é formado pelo vice-presidente da República (quando há), pelos presidentes da Câmara e do Senado, pelos líderes da Maioria e da Minoria nas duas casas, pelo ministro da Justiça e e por outros seis cidadãos brasileiros natos.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Já o Conselho de Defesa é formado pelos ministros de Segurança Institucional, Justiça, Defesa, Planejamento e Relações Exteriores e pelos comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica. O presidente Michel Temer dirige ambos os colegiados.

    Se o encontro do Palácio do Alvorada é apenas formal e pode causar apenas algum constrangimento pela presença de dois oposicionistas – o deputado José Guimarães (PT-CE) e o senador Humberto Costa (PT-PE) –, a votação no Congresso Nacional, que deve ser realizada entre esta segunda e terça-feira, é o que realmente tem poder de rever a intervenção. Na sexta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ter confiança de que estarão em plenário os 257 deputados necessários para votar e aprovar o decreto do governo.

    Publicidade

    A intervenção federal, determinada por Temer, implicou na retirada do poder do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), sobre as secretarias de Administração Penitenciária e Segurança Pública do estado, o que inclui as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros e o sistema penitenciário. Para comandar o aparato, o presidente escolheu o general Walter Souza Braga Netto, comandante militar do Leste.

    Convidados para conselhos da República e de Defesa Nacional

    Participarão da reunião conjunta o presidente Michel Temer; o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e os líderes da maioria, Raimundo Lira (MDB-PB) e da Minoria na Casa, Humberto Costa (PT-PE); o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os líderes da Maioria, Lelo Coimbra (MDB-ES), e da Minoria na Casa, José Guimarães (PT-CE); os líderes do Governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), e na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

    Publicidade

    Foram convidados também ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Defesa), Torquato Jardim (Justiça), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento), Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional) e Carlos Marun (Governo). Completam o colegiado o subchefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, o general Eduardo Villas Bôas, o tenente brigadeiro Nivaldo Rossatto e o almirante de esquadra Eduardo Bacelar, comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.

    Continua após a publicidade

    (Com Agência Brasil)

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.