Último mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Temendo ameaças, Jean Wyllys desiste de mandato e viverá fora do Brasil

Pelas redes sociais, parlamentar afirmou que se 'preservar' é 'estratégia de luta por dias melhores' e que se dedicará à carreira acadêmica

Por Da Redação
Atualizado em 24 jan 2019, 18h41 - Publicado em 24 jan 2019, 15h50

O deputado federal reeleito Jean Wyllys (PSOL-RJ) anunciou nesta quinta-feira 24 que desistiu de assumir o terceiro mandato como parlamentar pelo Rio de Janeiro em virtude de ameaças contra sua vida.

Ele afirmou que viverá fora do Brasil, se dedicando à carreira acadêmica. “Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores”, escreveu. Jean era o único deputado federal assumidamente homossexual do Congresso Nacional.

Jornalista de formação, Jean Wyllys se tornou uma figura nacional após a sua participação no reality show Big Brother Brasil, da TV Globo, do qual se saiu vencedor. Posteriormente, filiado ao PSOL, iniciou sua carreira política vencendo o pleito para a Câmara dos Deputados em 2010. Foi reeleito em 2014 e mais uma vez neste ano.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que acompanha a nota publicada nas redes sociais do deputado, Jean afirma que tomou a decisão após alguns meses vivendo sob escolta policial a partir do assassinato da vereadora Marielle Franco, que era sua correligionária.

Continua após a publicidade

Segundo o parlamentar, ele sofreu nos últimos meses episódios de agressividade em locais públicos, que citavam notícias falsas produzidas sobre ele, como a de que ele teria feito “elogio da pedofilia”. “Eu vi minha reputação ser destruída por mentiras e eu, impotente, sem poder fazer nada. Isso se estendendo à minha família. As pessoas não têm ideia do que é ser alvo disso”.

Para exemplificar o risco que avalia correr, Jean Wyllys cita uma medida cautelar emitida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que, segundo ele, considerava “pífia” a proteção que o Estado brasileiro oferecia a ele. De acordo com o parlamentar, a resposta do governo foi de não reconhecer a existência de uma violência homofóbica no Brasil.

Questionado sobre a atuação em defesa dos direitos da população LGBT, o deputado afirmou que “há tantas maneiras maneiras de lutar por essa causa que não passam pelo espaço da institucionalidade”. “Para o futuro dessa causa, eu preciso estar vivo. Eu não quero ser mártir. Eu quero viver”, afirmou.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.