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STF ouviu de bolsonaristas que presidente teme prisão do filho

Relato foi fundamental para que Jair Bolsonaro elevasse o volume de ataques ao ministro Alexandre de Moraes

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 set 2021, 10h34

Nas últimas semanas, diante da escalada dos ataques de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), integrantes da Corte ouviram de importantes autoridades bolsonaristas que o principal temor do presidente não é o de ele próprio acabar atrás das grades, mas o de que a Justiça decrete a prisão do vereador Carlos Bolsonaro, alvo recente de uma quebra de sigilo bancário e fiscal por ordem do Tribunal de Justiça do Rio e foco constante de monitoramento do STF nos inquéritos que apuram ataques às instituições e propagação de fake news.

Os informes sobre uma iminente prisão reacenderam no presidente a convicção de que é vítima de uma conspirata judicial e o levaram a subir vários tons nos ataques a integrantes do tribunal e ao ato extremo de assinar de próprio punho um pedido de impeachment contra aquele que, na visão de Bolsonaro, personifica a ameaça contra sua família: o ministro Alexandre de Moraes.

Não é a primeira vez que Bolsonaro se convence de que seus filhos estão na iminência de serem presos por ordem do Supremo. Em outubro do ano passado, quando também insuflava sua base de apoio contra o STF, o ex-capitão ouviu de um ministro de sua confiança que Alexandre de Moraes estaria decidido a mandar prender tanto Carlos quanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro. No final de setembro, um depoimento do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) à Polícia Federal convenceu o presidente de que o risco de prisão era real. Frota forneceu aos investigadores números de IPs de computadores de Brasília e do Rio, ligados a Eduardo, e que teriam participado de ações de disseminação de fake news.

“O mundo paralelo do presidente o ajuda e dá a ele folga para achar culpados e falsas causas”, resumiu a VEJA um ministro do STF após as manifestações pró-governo no dia 7 de setembro, quando Bolsonaro exigiu que o presidente da Corte Luiz Fux enquadrasse Moraes e insuflou a população contra o magistrado responsável pelos inquéritos que apuram o financiamento de uma rede de fake news e a participação de apoiadores do presidente em atos de agressão a instituições.

Assim que terminaram os atos da última terça-feira, ministros do tribunal se reuniram virtualmente para analisar a escalada retórica do presidente, ensaiaram uma resposta institucional conjunta e abandonaram qualquer expectativa de que Bolsonaro possa ser moderado. Apesar de na quinta-feira 9, o presidente e o ministro Alexandre de Moraes terem conversado por telefone, em um ato de aproximação mediado pelo ex-presidente Michel Temer, poucos na Corte acreditam de fato que haja espaços para apaziguamentos.

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