Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

STF determina início imediato de nova pena de prisão domiciliar de Maluf

O ex-deputado foi condenado a dois anos e nove meses de prisão em regime semiaberto, convertida para domiciliar, pelo crime de caixa dois

Por Da Redação 24 set 2019, 13h20

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux determinou na segunda-feira 23 que o ex-deputado federal Paulo Maluf comece a cumprir com início imediato a execução de uma segunda pena em prisão domiciliar. Maluf foi condenado a dois anos e nove meses de prisão em regime semiaberto, convertida para domiciliar, pelo crime de falsidade ideológica com fins eleitorais, o chamado caixa dois.

O ex-deputado foi acusado de omitir em sua prestação de contas de sua campanha eleitoral em 2010 o recebimento de 168.500 reais da empresa Eucatex S.A., que pertence a sua família. No processo, a defesa negou que o parlamentar afastado tivesse conhecimento de qualquer irregularidade, argumentando que ele não era o responsável pela contabilidade de sua campanha e que é “humanamente impossível” que ele se dedicasse a qualquer outra atividade além de buscar votos.

Atualmente, Maluf cumpre em sua casa, em São Paulo, pena de sete anos e nove meses de prisão por lavagem de dinheiro. Ele foi condenado em outro caso, relacionado a desvios em obras quando foi prefeito da capital paulista.Tanto na primeira condenação quanto na da segunda-feira, os ministros do STF entenderam que o deputado deveria perder seu mandato parlamentar. A decisão da perda de mandato de Maluf foi tomada de forma unânime durante reunião da Mesa Diretora da Casa em agosto do ano passado.

Relembre o caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Paulo Maluf lavou dinheiro desviado de obras públicas e fez remessas ilegais ao exterior, por meio de doleiros, enquanto era prefeito de São Paulo (entre 1993 e 1996). O deputado, ainda conforme a acusação, também participou de esquema de cobrança de propinas na prefeitura em 1997 e 1998 (durante a gestão de Celso Pitta), que continuou a contar com seu envolvimento direto nos anos seguintes.

Continua após a publicidade

Ele foi condenado em maio de 2017 pela Primeira Turma do STF, que o sentenciou a sete anos, nove meses e dez dias de prisão. Em outubro, a Corte recusou seus embargos de declaração e, em dezembro do ano passado, o relator do caso, ministro Edson Fachin, determinou o início do cumprimento de pena, executado nos últimos dias do ano.

Durante sua passagem pela prisão, Paulo Maluf foi atingido por sucessivos problemas de saúde, sobretudo na coluna e no coração, o que motivaram pedidos de sua defesa para que pudesse cumprir a pena em casa. A decisão, um habeas corpus humanitário, foi concedida em março deste ano pelo ministro Dias Toffoliconfirmada no mês seguinte por Fachin.

Nas condições de sua prisão domiciliar, foi determinado que o deputado entregasse seu passaporte e utilizasse tornozeleira eletrônica, só podendo deixar sua residência para atendimentos médicos de urgência ou condições excepcionais, que fossem previamente autorizadas pela Justiça.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.