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STF conceder liberdade a Lula seria ‘esculacho da Justiça’, diz Bolsonaro

Segunda Turma do Supremo vai decidir sobre pedido da defesa do petista por efeito suspensivo a recursos contra a condenação

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jun 2018, 20h24 - Publicado em 18 jun 2018, 16h31

Pré-candidato do PSL à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) declarou nesta segunda-feira que será um “esculacho da Justiça” se o Supremo Tribunal Federal (STF) conceder liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há mais de dois meses em Curitiba.

“Vai ser a Segunda Turma, né, que tem um histórico de soltar todo mundo. Espero que isso não venha a acontecer, afinal de contas ele não tem os requisitos mínimos ainda para mudar de regime, se bem que ele está buscando um habeas corpus. Seria uma esculacho da Justiça brasileira colocar em liberdade o senhor Lula”, disse Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto em cenários que não consideram o nome do petista entre os candidatos.

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, enviou para julgamento na Segunda Turma do Supremo um pedido de liberdade de Lula. Ele sugeriu ao presidente do colegiado, ministro Ricardo Lewandowski, que marque a análise do caso para o dia 26 de junho. A Segunda Turma do STF é composta por Fachin, Lewandowski, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello.

A defesa o ex-presidente quer que o Supremo e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedam efeito suspensivo aos recursos movidos contra sua condenação a doze anos e um mês de prisão na operação. Com isso, os efeitos da sentença, incluindo a prisão de Lula, seriam suspensos até que o recurso especial ao STJ e o recurso extraordinário ao STF fossem julgados.

A declaração de Jair Bolsonaro sobre o Supremo foi dada em um painel com presidenciáveis organizado pela União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), em São Paulo.

No evento, questionado sobre como governaria sem uma base aliada numerosa no Congresso, caso eleito, Bolsonaro respondeu que conta com o apoio de 60 parlamentares que, nas palavras dele, não querem manter a “política do toma lá dá cá”. Para aprovar emendas à Constituição por meio de PECs, o governo necessita dos votos de 308 dos 513 deputados federais e de 49 dos 81 senadores, em dois turnos.

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O deputado federal afirmou ainda que, diante de seu desempenho nas pesquisas eleitorais, “se fosse qualquer outro, na situação em que me encontro, o centrão já estaria acomodado, todos já teriam seu lugar ao sol”.

Sobre o porte de armas, cuja flexibilização é uma de suas bandeiras de campanha, Bolsonaro disse que não vai “jogar as armas para cima e quem pegar pegou”. Segundo o pré-candidato, critérios como exame psicológico, idade, antecedentes criminais e residência fixa serão considerados na concessão do porte de armas.

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