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Sindicato tem fila e bate-boca para tentativa de foto com Lula

Após discurso de petista, militantes seguiram para dentro de sede da entidade

Por André Siqueira Atualizado em 9 nov 2019, 19h03 - Publicado em 9 nov 2019, 18h31
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  • Depois que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou por cerca de 40 minutos para a militância que se acotovelou em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, uma parte de seus apoiadores permaneceu dentro do prédio para celebrar a soltura do líder petista.

    Um grupo chegou a formar uma fila atrás de uma porta do segunda andar para tentar uma foto com Lula, mas sem sucesso. Apenas uma criança foi levada por um dos seguranças para dentro. O pavimento é o mesmo onde parlamentares, sindicalistas e dirigentes petistas estão concentrados — um tecido foi erguido no corredor para impedir fotografias.

    Do lado de fora, nas escadas, houve um princípio de confusão quando um grupo tentou entrar no local onde Lula estava. “Aqui todo mundo é 13, ninguém é 17, não”, disse um presente, que tentava acalmar os ânimos.

    “Vocês têm que entender que o Lula é muito bom, ele não gosta de tumulto”, afirmou outra senhora. Três seguranças trabalhavam para impedir a entrada na área reservada.

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    Com ânimos mais calmos, surgiram as primeiras brincadeiras. “Lula, aparece aqui. Minha bateria tá indo pro saco”, clamou uma apoiadora.  “Acham que vale ficar nesse corredor aqui? Não sei se o Lula vai aparecer”, desconfiou outra.

    A professora Rosemeire Silva, 52, esteve no sindicato quando Lula foi preso, em 7 de abril de 2018, e emocionou-se ao ouvir seu discurso no retorno ao local. “Vê-lo de perto, a pessoa física, me fez muito bem”, disse.

    Usando um boné da Central Única dos Trabalhadores, a psicóloga Aline Silveira, 32, espera uma reorganização da esquerda com a liberdade de Lula. “Ele tem um impacto muito grande”.

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    A vereadora Marielle Franco estampa uma faixa ao lado da imagem do ex-presidente no saguão do sindicato. Em seu discurso, Lula cobrou o esclarecimento de sua morte e aproveitou para vincular Jair Bolsonaro (PSL) ao caso, depois que um porteiro — desmentido pelo Ministério Público — implicou o presidente nas investigações.

    Em sua fala à militância, Lula deu o tom de como irá tratar seu principal adversário. “Tem gente que fala que precisa derrubar o Bolsonaro, tem gente que fala em impeachment. Veja, esse cidadão foi eleito. Democraticamente nós aceitamos o resultado da eleição. Esse cara tem um mandato de quatro anos. Agora, ele foi eleito pra governar para o povo brasileiro e não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro”.

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