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Ricardo Salles: ‘O Brasil já desmatou bem mais’

Em entrevista a VEJA, o ministro do Meio Ambiente fala sobre a busca de dinheiro na COP25 e a prisão de brigadistas no Pará

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Victor Irajá Atualizado em 6 dez 2019, 10h42 - Publicado em 6 dez 2019, 06h00
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  • O ministro Ricardo Salles é unanimidade entre ambientalistas e especialistas da área: todos as alas do movimento, aqui e lá de fora, torcem o nariz para sua gestão. Ele já insinuou que ONGs são cúmplices de desastres ambientais e é radical defensor de um governo que fala em criar “mini-Serras Peladas na Amazônia”. Antes de embarcar para a COP25, ele concedeu a seguinte entrevista.

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    Em agosto, o Brasil abriu mão dos recursos do Fundo Amazônia vindos da Alemanha e da Noruega. Como pretende agora pleitear novas linhas de financiamento de países desenvolvidos para o meio ambiente na COP25? Nós não abrimos mão. Por se tratar de um recurso doado ao Brasil, o governo precisa ter, em nome da população, um presidente para mudar certos padrões. Entre eles, a questão do Fundo Amazônia. O Brasil tem todo o direito, se não o dever, de participar da escolha dos projetos e das formas de utilização desses recursos. Estamos na fase final de trocas de minutas e documentos para o restabelecimento do fluxo de recursos, seja da Alemanha ou da Noruega, seja de outros países que eventualmente queiram participar.

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    O que levou ao aumento do índice de desmatamento? O desmatamento no Brasil chegou a ser o triplo do que foi detectado neste ano. Se olharmos todo o histórico, veremos que não é o recorde. Estamos a um terço do que foi nos anos 90. O país já desmatou bem mais. A divulgação dos dados sem qualificar o desmatamento permite a construção de uma narrativa que gera repercussão, mas não reflete a realidade.

    No recente caso da prisão dos brigadistas no Pará, sob a acusação de pôr fogo na floresta para obter lucros com isso, o senhor postou “tirem as suas próprias conclusões”. Qual foi a sua? É um caso que precisa ser investigado, sem tirar conclusões precipitadas. Ele mostrou que a captação de recursos para atividades na Amazônia é uma preocupação importante. O debate tem de ser feito. Só não pode acontecer em uma única direção.

    Publicado em VEJA de 11 de dezembro de 2019, edição nº 2664

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