Em ato na Praça da República, no centro de São Paulo, após o Tribunal Regional Federal (TRF4) confirmar sua condenação à prisão no caso envolvendo um tríplex no Guarujá, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a Justiça e reafirmou sua candidatura a presidente na eleição deste ano.
“Eu nunca tive nenhuma ilusão com a decisão do tribunal. Nunca. Quem está no banco dos réus é o Lula, mas quem foi condenado foi o povo brasileiro com o golpe que eles deram”, afirmou diante dos simpatizantes – após o ato, o grupo fez uma marcha pelas ruas de São Paulo até a Avenida Paulista. “Um ser humano pode ser preso. (Nelson) Mandela ficou preso, mas nem por isso a luta que ele fazia diminuiu. Ele voltou e virou presidente.”
O petista disse que não pensava mais em ser presidente da República de novo, mas que tem sido provocado para isso. “Eu já nem queria mais fazer política. Eu já tinha sido presidente. Mas parece que tudo que eles estão fazendo é para evitar que eu seja candidato. Mas essa provocação é de tal envergadura que me deu uma coceirinha e agora eu quero ser candidato. Eles podem tentar impedir, não tem problema. Eu quero disputar com eles na consciência”, discursou. “Esperem, porque nós vamos voltar.”
De acordo com ele, a obsessão de parte da sociedade em vê-lo preso é para impedir avanços sociais e econômicos para a população. “Eles têm que saber que é para parar de achar que o Lula que tem que ser condenado. Porque o Lula é insignificante. O que é grande é a consciência política do povo, que começa a ver que não pode ter mais subserviência. O Lula é apenas um homem de carne e osso. Eles podem prender o Lula, mas as ideias já estão na cabeça na sociedade.”