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PT e Dilma escolheram Temer, e ele ‘está de mal comigo’, diz Alckmin

Em sabatina, tucano criticou atual presidente pelo aumento aos servidores e ironizou o ataque dos adversários durante a campanha

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 6 set 2018, 15h32 - Publicado em 6 set 2018, 14h14
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  • O candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, tentou desvencilhar a sua imagem do presidente Michel Temer (MDB), que publicou vídeos reclamando do tratamento dado a ele nos programas de TV da campanha tucana. O ex-governador afirmou que quem escolheu o emedebista foi o PT de Dilma Rousseff.

    “Na época (depois do impeachment) defendi não participar do governo (de Temer)”, disse Alckmin. Apesar de sua posição ter sido derrotada dentro do partido na época, o ex-governador argumenta que os parlamentares do partido votaram de acordo com convicção ao longo dos dois anos de governo do emedebista.

    “O presidente Temer está de mal comigo”, disse o tucano em outro momento, em referência aos vídeos publicados por Temer, em que o emedebista lembra que boa parte dos partidos da base aliada está com Alckmin nesta eleição. Durante sabatina no jornal O Estado de S. Paulo, o tucano alternou as críticas a Temer – lembrou, por exemplo, que o governo dele concedeu ajustes sucessivos a servidores públicos nos últimos três anos. “Aí não zera o déficit nem em 2030”, afirmou.

    Na sequência, ao falar de sua política para as mulheres, um dos principais flancos de ataque a Jair Bolsonaro (PSL), Alckmin prometeu expandir a rede de delegacias da mulher e lembrou que Temer era secretário da Justiça em São Paulo quando a primeira delegacia especializada do Brasil foi criada.

    Sobre o desempenho nas pesquisas, o tucano, que está em quarto lugar, atrás de Bolsonaro, Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT), disse que a campanha ainda está no começo e que os resultados do Ibope, divulgados na quarta-feira, 5, vieram apenas após três dias de horário eleitoral gratuito. “A campanha só vai ser decidida na reta final”, reiterou.

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    Ele ainda ironizou os ataques que têm recebido dos demais candidatos que estão embolados atrás de Bolsonaro. “Quando todos atacam, é um bom sinal, sinal de que você deve ganhar a eleição.”

    Ataques a Bolsonaro

    Em relação a Bolsonaro, o principal alvo da campanha do PSDB no rádio e TV, Alckmin disse que os vídeos e gravações utilizados na sua campanha apenas mostram declarações que o capitão reformado do Exército já deu. “Campanha política é para pôr o dedo na ferida. O que precisa ser é respeitoso com as pessoas. Eu não faço um ataque a Bolsonaro, é ele quem fala. Se o que ele fala é ofensivo, é problema dele, só pegamos o que ele fala e estamos mostrando”, disse, acrescentando que a campanha do PSL já entrou na Justiça contra as peças, mas não obteve sucesso.

    O tucano declarou, ainda, que a candidatura de Bolsonaro é “um passaporte para a volta do PT”, uma vez que ele não vence ninguém nas projeções para o segundo turno. “No fundo, muita gente está votando no Bolsonaro como anti-PT. O PT vai poupar o Bolsonaro. Eles só batem em mim. Tudo que eles querem é um segundo turno com Bolsonaro”, disse. “Não é que Bolsonaro traga risco, ele é fraco, 28 anos de carreira política, é corporativismo puro”, emendou.

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