O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, decidiu na manhã desta quinta-feira, 28, fechar questão a favor da aprovação da reforma da Previdência. A informação foi confirmada a VEJA pelo deputado Coronel Tadeu (PSL-SP). Com a decisão, os 54 deputados federais da legenda passam a ser obrigados a votar com a orientação do partido, sob risco de expulsão.
Nesta semana, o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP), exemplificou as dificuldades pelas quais a aprovação da mudança no sistema de aposentadorias passa na Casa com a afirmação de que nem a legenda à qual é filiada o presidente Bolsonaro estava plenamente convencida a apoiar a proposta. “Hoje não tem cinquenta votos. Nem o PSL vota 100%. Talvez o governo tenha sido amador por falta de experiência”, afirmou.
Ao todo, por ser uma proposta de emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência precisa de 308 votos, em dois turnos, para ser aprovada na Câmara. Nesta semana, treze partidos – que, somados, representam 291 deputados – declararam apoio à maior parte dos itens do texto, com vetos a dois pontos principais: as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido a idosos pobres e pessoas com deficiência, e na aposentadoria rural.