O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, declarou neste domingo, após a apuração dos votos, que “respeita” o resultado das urnas e está “sereno” diante da derrota.
“Transmitir aqui o nosso absoluto respeito ao resultado das urnas, à manifestação dos eleitores e destacar a nossa serenidade como democratas que somos”, disse o tucano, em pronunciamento no comitê de sua campanha em São Paulo.
Alckmin anunciou que uma reunião da executiva nacional do PSDB na próxima terça-feira, 9, em Brasília, vai definir a posição do partido no segundo turno presidencial, entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Também serão decididos os movimentos da sigla nas disputas estaduais.
Durante a campanha no primeiro turno, diante da cristalização da polarização, Geraldo Alckmin tentou se mostrar como terceira via atacando tanto Bolsonaro quanto Haddad. Ele criticou um por suas posições radicais e o outro, por ser petista e aliado do ex-presidente Lula. Após o pronunciamento, o tucano não concedeu entrevista aos jornalistas no comitê de campanha.
Em seu discurso, Alckmin estava ao lado da candidata a vice-presidente, senadora Ana Amélia (PP-RS), e da mulher, Lu Alckmin, além de poucos aliados. Acompanharam o tucano o senador José Serra (SP), o deputado federal Silvio Torres, o presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias, e o coordenador do programa da campanha, Luiz Felipe D’Avila.
Pior resultado do PSDB
O resultado eleitoral de Geraldo Alckmin na disputa pelo Planalto, 5 milhões de votos, 4,7% do total válido, foi o pior de um candidato tucano ao Palácio do Planalto desde 1989, primeira eleição presidencial direta depois do fim da ditadura, quando Mário Covas teve 11% dos votos. Alckmin também é o primeiro candidato do PSDB a ficar fora do segundo turno desde o pleito de 1989, decidido entre Fernando Collor e Lula.
O desempenho eleitoral de Alckmin foi fraco até mesmo em São Paulo, estado que ele governou quatro vezes e é o maior colégio eleitoral do Brasil, com 33 milhões de eleitores.
O ex-governador teve apenas 9,5% dos votos dos paulistas e ficou atrás de Jair Bolsonaro (53%), Fernando Haddad (16,41%) e Ciro Gomes (11,35%) no estado.
O candidato a governador de São Paulo pelo PSDB, João Doria, teve 6,3 milhões de votos na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, número maior que o de Geraldo Alckmin em todo o território nacional. Doria disputará o segundo turno contra Marcio França (PSB) em 28 de outubro.