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Procura-se Silas Malafaia (o falso)

Falsário tem usado CPF do pastor evangélico para fazer denúncias contra Bolsonaro, STF e até facções criminosas

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 abr 2022, 09h13 - Publicado em 17 abr 2022, 10h39

Em abril do ano passado, o pastor Silas Malafaia bateu às portas do Ministério Público Federal para que Jair Bolsonaro fosse investigado por atacar senadores da CPI da Pandemia contrários à atuação do governo na crise sanitária. Quatro meses depois, Silas voltou ao MP para reclamar que o presidente não usava máscara para se proteger do vírus – e cobrava providências. Nos dias seguintes, as denúncias miravam familiares, amigos, pessoas próximas e apoiadores do ex-capitão. Em outra oportunidade, o religioso entrou com um pedido contra o uso do Estado para perseguir governadores adversários. Na sequência, sobrou para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), acusados pelo pastor de toda sorte de crimes.

Fora do mundo político, Silas já denunciou falsas blitze para assaltar passageiros e motoristas no Rio de Janeiro, corrupção de um batalhão inteiro da Polícia Militar carioca, intolerância religiosa imposta por um traficante, expansão territorial de uma facção criminosa e perturbação da ordem porque fogos de artifício foram usados para comemorar o aniversário de um barão das drogas. A suposta fúria denuncista do expoente do mundo evangélico, um recorde na história recente do Ministério Público, tem intrigado as autoridades por um motivo um tanto prosaico: Silas Malafaia não é Silas Malafaia.

Ferrenho defensor do presidente Bolsonaro, o verdadeiro Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, um dos mais influentes braços da fé evangélica no país, descobriu que há pelo menos um ano um clone tem utilizado seu CPF para comprar brigas judiciais das quais prefere ficar longe. “São maldosamente atribuídas a Silas Malafaia denúncias de fatos
praticados por pessoas a ele ligadas ou por ele apoiadas e que, em verdade, não praticaram crime algum, ficando claro o intuito de ocasionar mácula à imagem do pastor perante a opinião pública. Isso é crime”, diz o advogado do religioso Jorge Vacite Neto.

Conforme mostrou VEJA, na pandemia o falso Malafaia já apresentou quase 250 representações criminais à Procuradoria-Geral da República e outro sem-número de acusações em delegacias de polícia e nos ministérios públicos estaduais. Ele utiliza a alcunha “anonimo190alert” como usuário de e-mail e em suas denúncias erra informações básicas do pastor-celebridade que pretende copiar, como a data de nascimento e o número de telefone celular do religioso. Como as denúncias são preenchidas remotamente, o falso Malafaia tem sido rastreado por endereços de IP dos computadores que usa para formalizar as acusações. A PGR acredita estar perto de descobrir a identidade do falsário.

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