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Por slogan, PT abre guerra com PMDB em SP

Com apenas 3% das intenções de voto, campanha de Alexandre Padilha diz que vai à Justiça contra Paulo Skaf, que tem 21% das intenções de voto

Por Felipe Frazão 19 jun 2014, 13h04

O PT resolveu abrir a primeira frente da guerra eleitoral em São Paulo, justamente contra seu maior aliado na esfera nacional, o PMDB. O motivo é o slogan da campanha ao governo do Estado. O ex-ministro Alexandre Padilha (PT) ameaça entrar na Justiça com acusação de plágio contra o presidente licenciado da Federação de Indústrias de São Paulo (Fiesp), o peemedebista Paulo Skaf.

No último domingo, o PT chancelou a candidatura de Padilha ao governo paulista com o mote “Para mudar de verdade” – uma forma de posicionar o ex-ministro como um nome de oposição ao governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB). O slogan foi divulgado com a logomarca da campanha apresentada no encontro estadual do partido. No mesmo dia, Skaf adotou nas redes sociais o lema “Mudança de verdade”.

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“Eu fiquei muito impressionado, chateado, inclusive, de ver outro candidato que tinha um slogan no sábado e a partir de segunda-feira se apropriou daquele que havíamos lançado. Tem gente que usa a propaganda de uma entidade para se promover e agora passou a se apropriar do slogan do PT”, disse Padilha nesta quarta-feira em entrevista a uma rádio paulistana. Em nota, o coordenador da campanha de Padilha e presidente do Diretório Estadual do PT, Emídio de Souza, disse que “ajuizará ação judicial competente a fim de garantir o direito de uso do slogan de campanha” ao ex-ministro. “A campanha do candidato do PMDB, de maneira desrespeitosa, rasteira, desleal e, acima de tudo, absolutamente contraditória – pois quem deseja mudança cria e não copia – noticiou uso de slogan similar, num ato de plágio inaceitável”, disse Emídio.

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Um líder do PMDB paulista avaliou a disputa deflagrada pelo PT como “uma bobagem” e disse que a convenção de Skaf foi realizada um dia antes da de Padilha. Com 21% das intenções de voto no Datafolha, Skaf é o segundo colocado nas pesquisas eleitorais, atrás de Alckmin (PSDB), que possui 44% de preferência do eleitorado. Padilha tem apenas 3%. A campanha do petista precisará tirar votos do peemedebista para chegar a um eventual segundo turno em outubro.

Em entrevista ao site de VEJA, Skaf provocou Padilha: “Não sei quem é a terceira via”. Ele também disse que a eleição de São Paulo, “depois de vinte anos, está polarizada entre o PSDB e o PMDB”, escanteando o PT do protagonismo na disputa com os tucanos.

Petistas e tucanos já haviam acusado Skaf de fazer uso irregular de propagandas institucionais da Fiesp, pagas com verba de contribuição sindical das indústrias, para se promover à disputa do Palácio dos Bandeirantes. Desde 2013, Skaf protagonizou 97 horas na TV e 119 horas no rádio. Ele diz que era o interlocutor do setor com o governo e que tinha o direito de participar da propaganda. Alertada, a Procuradoria Regional Eleitoral ingressou com representação no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, mas a corte negou o pedido de condenação de Skaf. A procuradoria apresentou um novo recurso nesta semana contra a decisão do tribunal.

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